terça-feira, 10 de março de 2009

Papa recebe judeus e diz que negar Holocausto é intolerável


Folha de S. Paulo, sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009


The New York Times

Cidade do Vaticano — Em um esforço de reconciliação após ter revertido a excomunhão de um bispo que nega o Holocausto, o papa Bento 16 declarou, em uma reunião com líderes judaicos, que a Igreja Católica tem “um compromisso profundo e irrevogável” com a rejeição ao antissemitismo.

Ele condenou a negação do Holocausto como “intolerável”, sobretudo para o clero, e disse que deve estar claro que o extermínio de judeus se tratou de “um crime contra Deus e a humanidade”.

Em discurso a uma delegação de 60 representantes da conferência de líderes judaicos dos EUA, Bento 16 anunciou ainda que planejava ir a Israel. Segundo o Vaticano, a expectativa é que a viagem aconteça em maio.

Muitos dos membros da delegação reagiram de forma positiva. O rabino Arthur Schneier classificou as declarações como “um passo maravilhoso para sanar um tremendo problema”. Mas houve quem pedisse mais. Para Abraham Foxman, diretor da Liga de Antidifamação, Bento 16 deve voltar a excomungar o bispo polêmico.

As declarações do papa ontem estão entre as mais fortes nas últimas semanas.

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