sexta-feira, 26 de junho de 2009

Corrupção ameaça democracia, alerta CNBB

O Estado de S. Paulo, sexta-feira, 19 de junho de 2009

Roldão Arruda

A CNBB divulgou nota na qual manifesta indignação diante das “repetidas acusações de corrupção” na área pública. “A corrupção e a decorrente impunidade constituem grandes ameaças ao sistema democrático”, alerta a nota.
O texto é assinado é pela cúpula da CNBB, formada pelos bispos d. Geraldo Lyrio Rocha, presidente, d. Luiz Soares Vieira, vice-presidente, e d. Dimas Lara Barbosa, secretário-geral. Eles afirmam que a repetição das denúncias leva a população a desacreditar não só dos políticos, mas também das instituições.

Acordo contra a cidadania

O Globo, terça-feira, 23 de junho de 2009

Roseli Fischmann

Dois anos depois de o tema vir à tona, tramita na Câmara dos Deputados acordo com a Santa Sé, assinado no Vaticano pelo governo federal em novembro de 2008. A pressão era para assiná-lo na visita do Papa ao Brasil, em 2007, mas o debate público o impediu.
O acordo proposto pela Santa Sé, um Estado com identidade peculiar, como sendo de cunho internacional, bilateral, entra no âmago da vida nacional, interferindo em direitos de brasileiros; entre outros: invade destinação orçamentária; nega direitos trabalhistas a religiosos; interfere em processos matrimoniais; subordina a escola pública, tornando impossível na prática rever até a Constituição, pela dificuldade que é desfazer um acordo bilateral, para o qual não cabe denúncia unilateral. Na relação com outros Estados, o Brasil firma acordos pontuais, havendo vários acordos com um mesmo Estado, específico do comércio ou restrito aos limites da diplomacia; não há caso, com outros Estados, de um acordo único abrangente, e menos ainda caso de acordo que promova invasão da esfera nacional. Como e por que permitir que se crie esse precedente?

L’accordo Vaticano-Urss per tacere sul comunismo

Libero, martedì, 23 giugno 2009

di Antonio Socci

Mosca in Vaticano — È appena uscito il volume di Andrea Tornielli, Paolo VI. L’audacia di un Papa (Mondadori) che offre un’ampia documentazione sulla figura di Giovanni Battista Montini e sul suo pontificato. Merita l’attenzione e la discussione degli storici. Io, in questa rubrica, segnalo solo alcune perle che mi interessano — diciamo — personalmente.
Anzitutto dalla documentazione di Tornielli risulta più che confermato il “fatto” a cui, su queste colonne, ho dedicato una lunga inchiesta, ovvero la mancata condanna esplicita del comunismo al Concilio Vaticano II, conseguente a un preventivo accordo fra alcuni uomini del Vaticano e Mosca (accordo che di fatto ha espropriato il Concilio delle sue prerogative). Tornielli aggiunge alla documentazione nota una lettera inedita del cardinale Tisserant, del 22 agosto 1962, che conferma tale “accordo” fatto sotto Giovanni XXIII. Nelle pagine di Tornielli c’è pure la conferma della scorrettezza regolamentare con cui poi, al Concilio, si impedì la votazione della richiesta di condanna del comunismo firmata da oltre 400 Padri conciliari. Infine l’autore rileva un ultimo fatto: «Curiosamente, la circostanza (di questo accordo Roma-Mosca del 1962, di cui c’è traccia esplicita anche in un appunto di Paolo VI, nda) è taciuta o bollata come “infondata” in molte ricostruzioni e nella più completa storia del concilio Vaticano II». Sarebbe il caso che questi storici dessero serie spiegazioni.
Mea culpa
A cogliere l’enormità del caso è stato il cardinale Biffi in un suo libro recente: «Il comunismo è stato senza dubbio il fenomeno storico più imponente, più duraturo, più straripante del secolo ventesimo; e il Concilio, che pure aveva proposto una costituzione “Sulla Chiesa nel mondo contemporaneo”, non ne parla… Il comunismo (ed era la prima volta nella storia delle insipienze umane) aveva praticamente imposto alle popolazioni assoggettate l’ateismo, come una specie di filosofia ufficiale e di paradossale “religione di Stato”; e il Concilio, che pur si diffonde sul caso degli atei, non ne parla. Negli stessi anni in cui si svolgeva l’assise ecumenica, le prigioni comuniste erano ancora tutti luoghi di indicibili sofferenze e di umiliazioni inflitte a numerosi “testimoni della fede” (vescovi, presbiteri, laici convinti credenti in Cristo); e il Concilio non ne parla. Altro che i supposti silenzi nei confronti delle criminose aberrazioni del nazismo, che persino alcuni cattolici (anche tra quelli attivi al Concilio) hanno poi rimproverato a Pio XII” (Memorie e digressioni, Cantagalli 2007).
Segreti e segretari
Il libro di Tornielli precisa anche il momento in cui Paolo VI lesse il famoso terzo segreto di Fatima. In un recente volume del cardinal Bertone si legge che Giovanni XXIII dopo averlo letto nel 1959 «lo rimandò al S. Uffizio». Quindi «Paolo VI lo lesse il 27 marzo 1965». Tornielli mostra che invece papa Montini lo lesse già il 27 giugno 1963, ma trovandolo nell’appartamento pontificio, e lo prova proprio con la testimonianza che monsignor Capovilla ha recapitato al cardinal Bertone per la presentazione del suo libro. Se papa Roncalli rispedì il testo al S. Uffizio nel 1959, quello che Paolo VI trovò nel 1963 nell’appartamento pontificio che testo era? Siccome è documentata, da Bertone, anche la lettura che Paolo VI fece del Segreto nel 1965, facendolo prendere proprio dagli archivi del S. Uffizio, molti ritengono che potessero essere due parti diverse del Terzo segreto, che risultano anche da altri elementi. C’è un’altra ipotesi: che esistessero due copie dello stesso segreto conservate in luoghi diversi. Infine, terza ipotesi, uno dei due potrebbe essere uno scritto di suor Lucia non ritenuto da Roncalli una rivelazione soprannaturale (a distanza di anni si potrebbe dirlo, così chiudendo definitivamente un caso). Possono esserci pure altre spiegazioni a noi ignote? Forse. Ma sono appunto ignote.

domingo, 21 de junho de 2009

Acordo com Santa Sé é polêmica no Congresso

O Globo, domingo, 14 de junho de 2009
Evandro Éboli

BRASÍLIA — Evangélicos e católicos estão em embate, dentro e fora do Congresso. No centro da discussão está o acordo assinado entre o governo brasileiro e a Santa Sé, em novembro de 2008. O documento, de 18 artigos, é tido por seus opositores como uma concessão de privilégios à Igreja Católica e uma ameaça à condição de Estado laico do Brasil. Para os defensores do texto, trata-se de um acordo entre dois Estados e a afirmação de princípios seculares. O texto precisa ser ratificado por Câmara e Senado.
O acordo prevê a criação do Estatuto Jurídico da Igreja Católica e tramita na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, onde estão sendo travadas disputas ásperas. Os deputados evangélicos querem uma discussão ampla com líderes de outras religiões. Hidekazu Takayama (PSC-PR) quer debater com representantes das igrejas evangélicas, budistas, da Maçonaria, Protestante e da Seicho-no-ie. O clima esquentou na comissão.
— É um acordo entre dois Estados, não um debate religioso. Isso é uma perseguição pior que a Inquisição — atacou o católico Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).
Takayama reagiu: — Inquisitor é V. Excelência.
Texto do acordo trata de partrimônio a tributação
O acordo prevê a preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural da Igreja Católica; estabelece que nenhum edifício, dependência ou objeto de culto católico pode ser demolido; trata do ensino religioso, do casamento, da destinação de espaço para celebrações da Igreja e da imunidade tributária. Para evangélicos, pesquisadores e algumas entidades não governamentais, como o CFemea — ONG feminista tradicional opositora dos católicos —, o estatuto amplia privilégios da Igreja Católica.
A professora Roseli Fischmann, do curso de pós-graduação de Educação da USP, estudiosa do tema, diz que o acordo eleva a Igreja Católica a um patamar oficialmente diferenciado das demais religiões no país:
— Como se trata da única religião com identidade jurídica, que é o Vaticano, a Igreja Católica tem o privilégio sim de assinar um acordo internacional, desses que nenhuma outra tem. E nem deveria ter. No Brasil, Estado e religião não podem se misturar como ocorre com esse estatuto. Não importa se a maioria da população brasileira é católica. Isso não vem ao caso. Não significa hegemonia.
O secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, diz que há um mal-entendido em relação ao Estatuto da Igreja Católica. Para o religioso, o acordo não fere a laicidade do Brasil por se tratar de um tratado entre dois Estados.
— Se fosse um projeto de lei, aí, sim, estaríamos diante de uma ingerência, de uma mistura não muito saudável entre Igreja e Estado. Mas é um acordo que, ao contrário do que dizem aqueles que se opõem a ele, reforça a condição de Estado laico do Brasil — disse dom Dimas.
Para o bispo, o acordo entre Brasil e Vaticano não concede privilégios à Igreja Católica, mas reconhece a personalidade jurídica da Igreja e confirma preceitos de dois mil anos.
O contra-ataque evangélico virá com a proposta da Lei Geral das Religiões, que será apresentada por George Hilton (PP-MG), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. É uma adaptação do Estatuto da Igreja Católica. Só que os benefícios são estendidos a todas as religiões.

Cidades se colorem para celebrar Corpus Christi

O Globo, sexta-feira, 12 de junho de 2009

Santana do Parnaíba em festa

Milhares de pessoas celebraram o feriado de Corpus Christi ontem na cidade de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Os fiéis participaram de missas e de uma procissão pelas principais ruas do centro histórico. A grande atração para moradores e turistas é o tapete confeccionado pelos fiéis. Com mais de 800 metros de extensão e 59 quadros, ele é feito com 72 metros cúbicos de serragem fina e grossa, tingida em 11 cores diferentes. Um dos quadros que se destacava [era] uma escultura de barro retratando a imagem de Jesus Cristo durante a via crucis.

Em todo o país, os católicos passaram a madrugada de ontem trabalhando na confecção dos tapetes. Em Sabará, Minas, as ladeiras de pedras dão um colorido especial à festa. Em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, os moradores montaram tapetes usando serragem, pétalas de rosas, restos de plástico, folhas verdes e tecidos. Alguns fizeram os tapetes com roupas que serão doadas a famílias que necessitam.

Santa Sede precisa que ordenaciones de lefebvristas son todavía ilegítimas

ACI, miércoles, 17 de junio de 2009

VATICANO — Ante el anuncio de la Fraternidad San Pío X (lefebvristas) de llevar a cabo algunas ordenaciones sacerdotales a fin de mes, la Oficina de Prensa de la Santa Sede emitió un comunicado en el que precisa que este grupo no tiene ningún estado canónico en la Iglesia, sus ministros no ejercen legítimamente ministerio alguno y por lo tanto las anunciadas ordenaciones son todavía ilegítimas.
En el comunicado sobre el mencionado anuncio de esta institución que agrupa a los seguidores de Marcel Lefebvre a cuyos cuatro obispos líderes el Papa Benedicto XVI levantó la excomunión en enero, se precisa que “basta recordar lo que afirmó el Santo Padre en su Carta a los Obispos de la Iglesia Católica del pasado 10 de marzo: ‘Hasta que la Fraternidad no tenga una posición canónica en la Iglesia, tampoco sus ministros ejercen ministerios legítimos en la Iglesia. (...) Hasta que las cuestiones relativas a la doctrina no se aclaren, la Fraternidad no tiene ningún estado canónico en la Iglesia, y sus ministros (...) no ejercen legítimamente ministerio alguno en la Iglesia’. Por tanto, esas ordenaciones son todavía ilegítimas”.
El comunicado recuerda también que “en la misma Carta, el Papa anunciaba su intención de dar un nuevo estatus a la Comisión Ecclesia Dei asociándola a la Congregación para la Doctrina de la Fe”.
“Hay razones para pensar que falta poco para ese nuevo estatus. Este hecho constituye la premisa para el inicio del diálogo con los responsables de la Fraternidad San Pío X de cara a la deseada aclaración de las cuestiones doctrinales y, por lo tanto, también disciplinarias, que todavía siguen abiertas”, concluye el texto.

Vaticano nega legitimidade a ordenações de grupo conservador

O Estado de S. Paulo — Online, quarta-feira, 17 de junho de 2009


Associated Press

Vaticano — Ordenações sacerdotais previstas por um grupo católico ultraconservador não serão válidas, mesmo depois de o papa Bento XVI ter suspendido a excomunhão dos líderes da organização, informou a Santa Sé nesta quarta-feira, 17.

O Vaticano emitiu declaração reiterando que a Sociedade de São Pio X ainda não tem status dentro da Igreja Católica e que seus sacerdotes não têm um ministério legítimo.

A Igreja considera as ordenações pela Sociedade “válidas mas ilícitas”. Elas são válidas porque Lefebvre era um bispo ordenado validamente dentro da Igreja Católica, e portando dotado do poder de ordenar outros. Mas como estava suspenso desde 1976, ele não tinha autoridade papal para consagrar novos bispos, o que significa que as consagrações foram ilícitas, ou ilegais, aos olhos da Igreja.

Fraternidad del arzobispo Lefebvre: reestructuración inminente de Ecclesia Dei

Zenit, martes, 16 de junio de 2009

Por Kris Dmytrenko; traducción del inglés por Patricia Navas
TORONTO — El anuncio de que la Congregación para la Doctrina de la Fe supervisará ahora las conversaciones con la Fraternidad de San Pío X es inminente, afirmó el superior general de la Sociedad.
El obispo Bernard Fellay reveló a Zenit que la congregación le informó que esperan la publicación de una declaración de Benedicto XVI, en forma de motu proprio, sobre la nueva estructura de Ecclesia Dei antes del 20 de junio.
El obispo confirmó que el pasado 5 de junio mantuvo un encuentro con el prefecto de la Congregación para la Doctrina de la Fe, el cardenal William Levada.
Durante una visita a Toronto este lunes, el superior general explicó que la Comisión Pontificia Ecclesia Dei — creada precisamente para supervisar el proceso de “curación” de la separación de la Fraternidad de la Iglesia — continuará siendo una entidad distinta del dicasterio de la Iglesia para asuntos doctrinales.
En enero, Benedicto XVI levantó la sanción. Pero la Sociedad de San Pío X todavía carece del status o condición canónica requerida para el legítimo ejercicio del ministerio.
Según indicó el pontífice en una carta enviada en marzo a todos los obispos de la Iglesia, esa condición sólo se concederá cuando la Fraternidad acepte la autoridad del Concilio Vaticano II y las enseñanzas del magisterio de los papas desde ese concilio.
El obispo explicó que, tras la reunión del 5 de junio con el cardenal Levada, sigue sin estar seguro sobre cómo afectarán los cambios previstos a las negociaciones con el Vaticano.
“No sé [si el cardenal Levada será] suficiente para responder realmente a la cuestión. Cuando fuimos recibidos, hubo mucha cortesía; él fue suave”, declaró. “Francamente, no sé si habrá un cambio real y qué cambio será”.
Lo más urgente para el nuevo líder de Ecclesia Dei es evitar una nueva serie de excomuniones.
El 27 de junio, el obispo lefebvrista Alfonso de Galaretta tiene programado ordenar tres sacerdotes y tres diáconos en su seminario Zaitzkofen, en Baviera (Alemania).
El obispo Gerard Muller de Ratisbona ha advertido a la Fraternidad que hasta que la cuestión de la condición canónica no esté resuelta las ordenaciones no están autorizadas y por tanto merecerían acciones disciplinarias.
El obispo Fellay explicó que la Fraternidad de San Pío X ya retrasó ordenaciones diaconales en Ratisbona a principios de este año.
Y dijo que cree que el Vaticano ahora “no tiene problemas fundamentales” con las próximas ordenaciones sacerdotales.
“Nosotros no podemos decir ahora sencillamente ‘dejamos de respirar’ — argumentó, en defensa de la continuidad de la Fraternidad en la administración de sacramentos —. Necesitamos respirar”. Y añadió: “Y, en definitiva, si el Papa fue tan bueno como para levantar las excomuniones, eso significa que no quiere que ahora muramos”.
La Fraternidad tiene previsto continuar con las ordenaciones, a pesar de la preocupación del obispo Fellay de que nuevas excomuniones podrían “poner en peligro todo” y hacer fracasar los diálogos de la Fraternidad con la Congregación para la Doctrina de la Fe.
En esas conversaciones, ocuparán un lugar central las condenas inequívocas de la Fraternidad al Concilio Vaticano II, particularmente las referidas a las afirmaciones del concilio sobre libertad religiosa, ecumenismo y separación de la Iglesia y el Estado.
Mientras el superior general de origen suizo prefiere resolver esas cuestiones doctrinales antes de aceptar el status canónico en la Iglesia, destaca su apertura para alcanzar una posición de compromiso provisional con el Vaticano.
“Si Roma nos da suficientes garantías, por así decirlo, de supervivencia, pienso que probablemente lo consideraremos realmente — dijo. No tenemos ningún problema con que la Iglesia nos reconozca, por supuesto”.

El Papa pide a los obispos austríacos fidelidad auténtica al Concilio

Zenit, martes, 16 de junio de 2009


Ciudad del Vaticano — En las reuniones que Benedicto XVI ha mantenido entre el lunes y el martes con los obispos de Austria ha pedido fidelidad auténtica al Concilio Vaticano II y al magisterio posterior de la Iglesia.

En la reunión con el Papa, “caracterizada por un vivo ‘afecto colegial’”, explica el comunicado vaticano, “se han afrontado, con un diálogo fraterno y un espíritu constructivo, temas que afectan a la situación de la diócesis de Linz y de la Iglesia en Austria, presentando soluciones para los problemas actuales”.

La diócesis de Linz, en la que en los últimos años se han dado fuertes polémicas por las posiciones de exponentes eclesiales en contra el Magisterio de la Iglesia, ha vivido momentos difíciles después de que el sacerdote elegido como obispo auxiliar, el 31 de enero de 2009, Gerhard Maria Wagner, presentara su renuncia al Papa antes de ser consagrado, por la polémica que había suscitado su elección entre la prensa y el mismo episcopado.

“El Santo Padre ha recordado la urgencia de profundizar en la fe y la fidelidad integral al Concilio Vaticano II y al Magisterio posconciliar de la Iglesia, y de la renovación de la catequesis a la luz del Catecismo de la Iglesia Católica”, afirma.

Además, aclara, “se ha hablado de cuestiones doctrinales y pastorales y de la situación del clero, del laicado, de los seminarios mayores y de las facultades teológicas en Linz y en otras diócesis de Austria”.

“Los obispos austriacos han dado las gracias al Santo Padre por su solicitud paterna y por este encuentro, signo de su cercanía a la Iglesia en Austria, y le han asegurado su plena comunión y su afecto. Los obispos austriacos dan gracias también a la Curia Romana por la fecunda colaboración y la disponibilidad”.

Papa pede a bispos austríacos fidelidade ao Vaticano 2º

O Estado de S. Paulo — Online, terça-feira, 16 de junho de 2009

EFE
VATICANO — O papa Bento XVI pediu aos bispos austríacos que sejam fiéis ao Concílio Vaticano 2º, ao magistério pós-conciliar e que se aprofundem na fé, informou a Santa Sé após o encontro de dois dias mantido pelo pontífice com prelados desse país.
Papa Bento XVI recua em nomeação de bispo austríaco
O objetivo da reunião teria sido analisar a situação da igreja austríaca, que lançou várias críticas ao Vaticano nos últimos meses, principalmente após a revogação da excomunhão dos quatro bispos lefebvrianos e, principalmente, a nomeação do ultraconservador Gerhard Maria Wagner para o posto de bispo auxiliar de Linz.
O Vaticano informou que durante a reunião, “caracterizada por um forte afeto”, analisaram-se “alguns temas sobre a diocese de Linz e da Igreja na Áustria”.
As relações entre Roma e a igreja austríaca atravessaram momentos delicados, por conta das duras críticas da hierarquia católica da Áustria a decisões recentes do papa. O bipo Wagner, cuja nomeação para Linz foi o ato do Vaticano mais atacado, levantou polêmica ao dizer que o personagem Harry Potter é “satânico” e afirmar que a homossexualidade é “uma doença que tem cura”.
Essas declarações, e outras feitas em 2005, quando disse que o desastre causado pelo furacão Katrina na cidade de New Orleans (EUA) havia sido provocada por uma “contaminação espiritual” maior que a ambiental, atraíram ataques de lideranças políticas e religiosas.
As críticas cresceram de tal forma que Wagner pediu ao papa que o dispensasse da nomeação. Esse foi um desenlace sem precedentes, e que pôs em questão a credibilidade dos atos papais.

Bento XVI critica ‘secularização’ na Igreja

O Estado de S. Paulo, sexta-feira, 12 de junho de 2009

Helcio Consolino com Efe

O papa Bento XVI disse ontem, no feriado de Corpus Christi, que a secularização avança dentro da Igreja Católica, “que pode traduzir-se em um culto eucarístico vazio” e em ceder “à tentação de reduzir as orações a momentos superficiais.” O papa pediu que Jesus liberte o mundo “do veneno do mal, da violência e do ódio que contamina consciências.”

Bento XVI fez as declarações para cerca de 25 mil pessoas na missa solene na Basílica de São João de Latrão, a catedral de Roma, durante a cerimônia de Corpus Christi. Logo depois da missa, o papa guiou uma procissão pelas ruas do centro da cidade.

Em homilia, na qual ressaltou a importância da eucaristia e a figura do sacerdote, o papa disse que os fiéis “esperam” que eles deem exemplo de uma autêntica devoção pela eucaristia e que “amam” vê-los passar longos momentos de silêncio e de adoração a Jesus.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Missa na Sé reúne família real

O Estado de S. Paulo, sábado, 6 de junho de 2009


Clarissa Thomé
Na igreja que testemunhou os momentos mais importantes da família imperial, como o casamento de d. Pedro I, a sagração de d. Pedro II e o batizado da princesa Isabel, o príncipe d. Antônio de Orleans e Bragança fez ontem um discurso emocionado em memória de seu filho, Pedro Luís, um dos passageiros do voo AF 447, da Air France. “Estou aqui como um simples pai”, disse, com voz embargada. “Peço a todos que estão aqui, passando por todo esse sofrimento, que tenham fé em Deus. Não perdemos nossos filhos. Nós os devolvemos a Deus. Quando recebi a notícia, senti ciúmes de Deus, que está com meu filho querido. A dor é muito forte, mas mantenho a fé”, disse.
A missa na Igreja Nossa Senhora do Carmo da Antiga Sé, que foi capela imperial, foi rezada pelo arcebispo do Rio de Janeiro, d. Orani Tempesta, e reuniu cerca de 180 pessoas. Poucos familiares de passageiros compareceram à cerimônia — muitos deles passaram o dia no Recife, acompanhando as investigações sobre o acidente, e chegaram poucos minutos antes de a missa começar.
A família imperial era a mais numerosa — cerca de 20 pessoas, entre irmãos, primos e tios de Pedro Luís. Maria Elisabeth de Orleans e Bragança, de 27 anos, estava na África, onde atua na ONG Médicos Sem Fronteiras, e voltou ao País ao saber do desaparecimento do primo. “Saber que não localizaram os destroços faz com que tenhamos alguma esperança, mas a dor não diminui”, comentou, muito emocionada.
D. Orani ressaltou que a missa não era uma “homenagem aos mortos”, mas uma cerimônia em intenção aos desaparecidos. “Trabalhamos com a fé e a esperança.” Ele transmitiu a bênção e a solidariedade do papa Bento XVI. No fim, entregou um exemplar do Novo Testamento aos parentes.

A Igreja Católica ante o aquecimento global

Folha de S. Paulo, domingo, 7 de junho de 2009


Pedro Luiz Stringhini* e Roberto Malvezzi*

Jesus ensinou seus discípulos a ler “os sinais dos tempos”. Não é o olhar de um cientista sobre a realidade, embora ele também seja essencial. Nesse caso, “sinais dos tempos” é uma categoria teológica que nos ajuda a interpretar como Deus se manifesta diante dos acontecimentos da história.

Entre tantas mudanças que acontecem na humanidade e no planeta que habitamos, uma parece mais desafiadora que todas as outras: o aquecimento global. Segundo grande parte dos cientistas, a Terra se comporta como um ser vivo e está num processo de aquecimento, com consequências gravíssimas e irreversíveis para a humanidade e toda a comunidade de vida que a habita. A previsão de que a Terra pode aquecer entre 2º e 6º assusta a comunidade científica e todos aqueles que têm acesso a essas informações.

Como sempre, as piores consequências recaem sobre os mais pobres. Os cientistas são cautelosos, preferem aguardar longos períodos históricos para emitir uma opinião conclusiva sobre as causas desses fenômenos e se sua origem é realmente o aquecimento global.

O Brasil é um dos grandes contribuintes para o aquecimento global. Cerca de 75% de nossas emissões resultam da queima e derrubada de florestas. Por essa prática nefasta, o Brasil se torna o quarto maior poluidor mundial.

Causam inquietação as medidas provisórias 458 e 452, além da proposta de mudança no Código Florestal. É de absoluta responsabilidade das autoridades evitar que essa tragédia seja legalmente ampliada. Preservar nossas florestas em pé, com meta política de desmatamento zero, é um bem inestimável para o povo brasileiro e uma generosa e viável contribuição para toda a humanidade.

Por isso, entre os dias 8 a 10 de junho, a CNBB, ao lado de outros parceiros, inclusive internacionais, como a Misereor, realiza em Brasília um simpósio para debater o tema e contribuir no processo de conscientização e práticas que inspiram a luta mundial contra o aquecimento global. Os cristãos o fazem por sua crença no Deus da vida, que entregou a criação para que dela cuidássemos, como jardineiros do jardim que é o planeta Terra.

* D. Pedro Luiz Stringhini é bispo auxiliar da arquidiocese de São Paulo e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Paz, da Justiça e da Caridade — CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

* Roberto Malvezzi, formado em filosofia e teologia, é membro da equipe de Terra, Água e Meio Ambiente do Conselho Episcopal Latinoamericano (Celam).

A cabala da capela

O Globo, Boa Viagem, quinta-feira, 11 de junho de 2009

Renato Grandelle

O que o serviço secreto da Casa Branca, a diretoria do Wall Street Journal e embaixadores americanos na Europa têm em comum? Todos foram ciceroneados pelo complexo de Museus do Vaticano pelo guia Roy Doliner, um especialista em história romana e estudos judaicos. Estas áreas de saber casam-se no tour promovido pelo pesquisador. E a lua de mel fica por conta da Capela Sistina.

O quartel-general do catolicismo é repleto de profetas judeus e mensagens da Cabala. Goste-se ou não da tese de Doliner, o bafafá que provocou é uma boa oportunidade para revisitar um dos mais importantes símbolos da Igreja.

Não que a missão seja das mais fáceis. Quem já entortou o pescoço para ver os afrescos de Michelangelo sabe que o passeio pode ser uma furada. Afinal, fica difícil admirar a pintura com o vaivém de turistas e a pressa dos guias.

Para dar o encanto merecido à visita, perguntamos a Doliner quando ir, o que levar e onde é melhor observar a obra renascentista. Antes de nos atermos a Michelangelo, vale a pena passar os olhos no currículo do entrevistado. Doliner é um dos pouquíssimos que pode se orgulhar por já ter ido à Sistina fora do horário de visitação. Várias vezes. E suas caminhadas pelo santuário renderam o livro Os segredos da Capela Sistina (Objetiva, R$ 59,90), escrito em parceria com o rabino Benjamin Blech e lançado aqui mês passado.

Decididamente, a Capela Sistina não foi feita para ser pisada por tanta gente ao mesmo tempo. Aliás, essa é a próxima dica de Doliner: ao entrar, vire também o pescoço para baixo. Poucas pessoas, diz ele, percebem o piso repleto de desenhos que lembram estrelas de Davi, símbolo do judaísmo. No século XV, quando ganhou o chão da capela, o grafismo não tinha a mesma representatividade de hoje, mas já era envolto em conhecimentos místicos — e, portanto, condenado pelos papas da época, afirma o autor. Nada, porém, que impedisse os artistas de escondê-lo em suas obras, segundo Doliner. Rafael colocou uma das estrelas em A escola de Atenas, um de seus trabalhos mais famosos — hoje exposto numa das galerias que levam à Sistina.

O piso, ressalte-se, não é de Michelangelo. O florentino fez troça maior com seus mecenas já a partir do umbral da capela. Lá retratou o Papa Júlio II, que encomendou boa parte dos afrescos. E atrás dele, pintou dois pequenos anjos, um deles mostrando o dedo para a Vossa Santidade — que, diga-se de passagem, de bondoso tinha pouca coisa.

No teto, Doliner enxerga traços de rebeldia em todos os lados. Os inimigos de Michelangelo padecem no inferno do “Juízo final”. Os personagens do Novo Testamento não dão as caras — em seu lugar estão profetas e sibilas judaicos.

— Há bancos disponíveis na lateral da capela, onde qualquer um pode sentar com binóculos e fazer sua própria caça aos tesouros — ressalta Doliner. — Leve uma cópia do livro com os segredos que você quer encontrar já marcados.

Resumindo as lições do escritor: a Sistina é melhor à tarde, na baixa temporada, longe de grandes grupos e com uma pesquisa prévia já pronta. Ande pelos cantos, leve binóculo, não se atenha ao teto. Fuja de quem tem pressa. Seguindo estas dicas, a visita à capela pode ser uma experiência etérea como aquela que teve o próprio Doliner, em suas explorações noturnas dos afrescos de Michelangelo:

— Estar na Sistina quando ela está fechada ao público o faz lembrar que aquilo é, de fato, um santuário. Não importa a sua religião, quando você entra e não precisa enfrentar o barulho ou a multidão, percebe a intenção de seus criadores de buscar uma conexão com o divino.