terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mil e uma faces de um mito da fé nacional

O Estado de S. Paulo, sábado, 5 de dezembro de 2009

Mil e uma faces de um mito da fé nacional

Jotabê Medeiros

Dois milhões de romeiros chegam todo ano a Juazeiro, no Ceará, para prestar tributo a um homem que já foi descrito de mil maneiras: santo, reencarnação de Jesus Cristo, porta-voz das oligarquias, aliado de cangaceiros, ideólogo de políticas sociais, espertalhão que enriqueceu de modo ilícito, semeador de fanatismos, raposa que tirou proveito da ingenuidade popular, curandeiro das ervas.
Cícero Romão Batista (1844-1934), o Padre Cícero (ou Padim Ciço, para os populares), complexa personalidade que resume em sua história os fenômenos da fé exacerbada nos sertões brasileiros, é objeto de uma vigorosa obra literária: a biografia Padre Cícero — Poder, Fé e Guerra no Sertão (Cia. das Letras, 540 págs, R$ 49), do escritor Lira Neto. O livro, envolvente e detalhista, já entrou nas listas dos mais vendidos deste final de ano. A obra chega em momento chave do processo de reabilitação histórico-eclesial do padre pelo Vaticano, conforme afirmou ao Estado o bispo italiano Fernando Panico, da Diocese do Crato.
“Quando estive com o papa Bento 16, agora em setembro de 2009, para a visita ad limina, ele próprio — que foi quem pediu a revisão dos fatos de Juazeiro quando ainda era o Cardeal Ratzinger, prefeito da Congregação da Doutrina da Fé — prometeu solicitar que apressassem a conclusão desse caso”, disse d. Fernando Panico.
Cícero foi alvo de um tumultuado processo eclesiástico, que resultou em sua suspensão das ordens sacerdotais e, mais tarde, de um decreto de excomunhão do Santo Ofício, em Roma. À época, ele foi acusado de desobediência e de insubordinação pela alta cúpula do clero. Morreu proscrito pela Igreja, aos 90 anos. Para Lira Neto, autor da biografia, a reabilitação canônica do Padre Cícero precisa ser compreendida dentro do contexto da “guerra santa” entre católicos e neopentecostais. “A Igreja, tardiamente, percebeu que o fenômeno Padre Cícero é forte demais para ser combatido ou esquecido.”
Lira discorda que o culto popular à figura do padre milagreiro se integre à ideia da resignação do sertanejo face ao seu destino. “Eu não afirmaria isso de forma categórica”, diz. “Em Cícero, conviviam, de um lado, a fé ritualizada, a rigidez clerical do seminário, e, de outro, o universo mental típico do homem sertanejo, uma visão de mundo sincrética, lastreada no pensamento mágico e no maravilhoso. Uma vez banido, só então fez da política uma nova espécie de sacerdócio.”
A partir daí, Cícero torna-se um líder político igualmente polêmico e controverso. Chega a defender militarmente a cidade de Juazeiro, em 1913, e repelir uma força militar de mil homens. “Os que querem ver Cícero como um místico primitivo e caricato cometem uma grave falha histórica. Ele era habilidoso, ladino, sagaz. Por isso sobreviveu a todos os seus inimigos, tanto na política como no clero.”
Por três anos, hóstia virou sangue na boca da beata
O pivô da expulsão de Padre Cícero do sacerdócio foi a beata Maria de Araújo. No dia 1º de março de 1889, Cícero distribuía a comunhão na igreja quando uma das beatas, ao receber a hóstia, revirou os olhos e pareceu entrar em transe. Em sua boca a hóstia sangrava. Tentava conter o sangue, mas este lhe descia pelo braço. Em agosto, Maria de Araújo contaria ter se encontrado com o próprio Cristo. Juazeiro virou uma nova Jerusalém. Os médicos rechaçaram a hipótese de fraude. Não havia lesão da laringe ou pulmão e, mesmo que houvesse, isso teria debilitado Maria. A insistência na tese do milagre levou Cícero ao confronto. Mas Maria vertia sangue frente ao próprio comissário do bispo. “Mulher, negra e analfabeta. Como o sangue de Cristo poderia se materializar numa criatura dessas?, perguntava-se a Igreja”, assinalou a escritora e ensaísta Maria do Carmo Pagan Forti.

Convento tem bens catalogados

O Globo, sábado, 5 de dezembro de 2009

Convento tem bens catalogados

Jacqueline Costa

Depois de quatro anos de um detalhado trabalho, o Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) concluiu o inventário de todos os bens móveis e integrados do Convento de Santo Antônio, no Largo da Carioca. Altares, púlpitos, mesas, quadros, imagens, esculturas, crucifixos, tocheiros e missais, entre outros itens históricos, foram fotografados e descritos minuciosamente.

CNBB reforça pressão por projeto da ficha limpa

O Estado de S. Paulo, quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

CNBB reforça pressão por projeto da ficha limpa

Marcelo de Moraes

BRASÍLIA — O secretário-geral da CNBB, d. Dimas Lara Barbosa, afirmou que será uma “catástrofe” para o Congresso se não for aprovado o projeto da ficha limpa. A proposta veta a participação nas eleições de candidatos que tiverem condenações na Justiça em primeira instância, os chamados “fichas-sujas”. Mas o Congresso resiste a aprovar um texto que poderia tornar inelegível boa parte dos atuais parlamentares.
Ontem, d. Dimas e outros representantes da sociedade civil entregaram ao presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), mais 200 mil assinaturas de pessoas que apoiam a proposta. O documento já obteve o endosso de 1,5 milhão de pessoas. Apesar disso, os defensores do projeto ouviram de Temer que o texto somente terá chance de ser colocado em discussão na Casa a partir de fevereiro de 2010, no início do próximo ano legislativo.

Elección de obispo abiertamente lesbiana divide al anglicanismo

Zenit, lunes, 7 de diciembre de 2009

Elección de obispo abiertamente lesbiana divide al anglicanismo

LONDRES — El arzobispo de Canterbury Rowan Williams ha advertido que la elección de una obispo abiertamente lesbiana es un hecho que “genera muy serias preguntas no sólo sobre la Iglesia Episcopal y su lugar en la Comunión Anglicana”, sino también “para la Comunión en su totalidad”.
Williams, símbolo de unión de los 77 millones de anglicanos alrededor del mundo, recordó a quienes encabezan la Iglesia Episcopal que se habían comprometido a restringir la designación de homosexuales para ejercer altos cargos dentro del anglicanismo.
La elección de Mary Glasspool, de 55 años, debe ser convalidada ahora por la Iglesia Episcopal nacional, es decir por los obispos de las 108 diócesis episcopales de Estados Unidos.
Williams señaló que esta elección “tendrá implicaciones muy importantes”.
De ser ratificada su elección, Glasspool pasaría a ser la asistente del jerarca de Los Ángeles J. Jon Bruno, un obispo divorciado, para atender a cerca de 70 mil feligreses en California.
Sería también la primer obispo homosexual elegida luego de que el pasado mes de julio la Iglesia Episcopal hubiera levantado el veto a la elección de obispos homosexuales.
En el año 2003 se vivió dentro del anglicanismo el mismo debate con la elección del obispo homosexual Gene Robinson para el estado de New Hampshire, en la zona de New England en Estados Unidos. El hecho trajo graves divisiones en toda la Comunión Anglicana.

Monjas anunciam compensação a vítimas

O Estado de S. Paulo, sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Monjas anunciam compensação a vítimas

AFP

As Irmãs da Misericórdia — congregação de monjas católicas criticada em um informe sobre abusos de crianças publicado na Irlanda, em maio — anunciou o pagamento de 128 milhões de euros (cerca de R$ 330 milhões) de compensação às vítimas. No mês passado, outra ordem religiosa do país, a Irmãos Cristãos, pagou compensação de quase R$ 415 milhões.

Agca será solto

O Globo, quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Agca será solto

Mehmet Ali Agca, o atirador turco que tentou matar o Papa João Paulo II, será libertado em janeiro da prisão na qual cumpre pena na Turquia por outro crime, informa o jornal Times. Agca cumpre pena de prisão pelo assassinato de um jornalista, antes de disparar duas vezes contra o Papa, em 1981.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Vaticano trocará embaixadores com Moscou

O Estado de S. Paulo, sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Vaticano trocará embaixadores com Moscou

Reuters

O Vaticano e a Rússia decidiram restabelecer “relações diplomáticas plenas”, informou a Santa Sé após encontro entre o papa Bento XVI e o presidente russo, Dmitri Medvedev. Os dois Estados estabeleceram contatos diplomáticos em nível de encarregados diplomáticos nos anos 90 — logo após a queda do comunismo e o fim da União Soviética, que não reconhecia o Vaticano. O estabelecimento de laços diplomáticos plenos consiste na designação de embaixadores por parte tanto do Vaticano quanto de Moscou.

El Papa pide superar la división de la teología marxista de la liberación

Zenit, lunes, 7 de diciembre de 2009

El Papa pide superar la división de
la teología marxista de la liberación


CIUDAD DEL VATICANO — Benedicto XVI ha elevado una conmovedora súplica a superar las divisiones que ha suscitado en la Iglesia la teología marxista de la liberación, al recibir este sábado a un grupo de obispos de Brasil.
El pontífice reconoció que comunidades eclesiales, particularmente en ese país, necesitan todavía experimentar mutuamente la experiencia del perdón para que las heridas de las polémicas que provocó el materialismo dialéctico en la Iglesia puedan finalmente cicatrizar.
En el discurso que dirigió a los obispos de las regiones Sur 3 y Sur 4 de la Conferencia Episcopal de Brasil, el Santo Padre recordó que en agosto pasado se han conmemorado los veinticinco años de la instrucción Libertatis nuntius de la Congregación para la Doctrina de la Fe, sobre algunos aspectos de la teología de la liberación.
En realidad, como explicó entonces el cardenal Joseph Ratzinger, prefecto de la Congregación para la Doctrina de la Fe, hay muchas corrientes de la “teología de la liberación”, pues la liberación es uno de los mensajes centrales de la Revelación, tanto en el Antiguo como en el Nuevo Testamento.
Ahora bien, una de éstas, particularmente en las tres últimas décadas del siglo XX, tomó como elemento de interpretación el análisis marxista — el materialismo histórico — para tratar de comprender la compleja y en ocasiones escandalosa realidad social de América Latina. A esa corriente se le pasó a llamar teología marxista de la liberación, muchas veces llamada simple aunque erróneamente teología de la liberación.
Como explicó el Papa a los obispos brasileños, “sus consecuencias más o menos visibles, hechas de rebelión, división, disenso, ofensa, anarquía, todavía se dejan sentir, creando en vuestras comunidades diocesanas un gran sufrimiento y una grave pérdida de fuerzas vivas”.
Por eso el obispo de Roma afirmó solemnemente: “suplico a todos los que, de algún modo, se han sentido atraídos, involucrados y tocados en su interior por ciertos principios engañosos de la teología de la liberación que vuelvan a confrontarse con la mencionada instrucción, recibiendo la luz benigna que ella ofrece a manos llenas”.
Citando a Juan Pablo II, Benedicto XVI aclaró que la “la suprema norma de la fe” de la Iglesia no procede del análisis marxista, sino que “proviene de la unidad que el Espíritu ha puesto entre la Sagrada Tradición, la Sagrada Escritura y el Magisterio de la Iglesia en una reciprocidad tal que los tres no pueden subsistir de forma independiente”.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Falso padre do Araçá é condenado

O Estado de S. Paulo, terça-feira, 24 de novembro de 2009

Falso padre do Araçá é condenado

Vitor Hugo Brandalise

O “monsenhor” Marcos Rodrigues Fontana, de 48 anos, foi condenado por estelionato pela Justiça por enganar fiéis no Cemitério do Araçá, zona oeste de São Paulo, onde se passava por padre da Igreja Católica Apostólica Romana para celebrar velórios. Fontana cobrava entre R$ 50 e R$ 200 pela celebração do rito das exéquias (oração de despedida, com corpo presente) no Araçá. Ao longo de um ano, mais de 40 pessoas reclamaram à Arquidiocese de São Paulo, se sentindo enganadas pelo “monsenhor”.
Fontana foi condenado a 3 anos de reclusão pelo juiz Waldir Calciolari, da 25ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, pena substituída por prestação de serviços, com multa de R$ 2.325, destinada a entidades sociais. Na sentença, o juiz assinala que, ao abordar fiéis se passando por “católico”, ele “induz as vítimas a erro, fazendo acreditar ser padre da Igreja Católica Apostólica Romana, condição que não ostenta”.

IGREJA NO BRASIL

Folha de S. Paulo, segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Três padres são feitos reféns em roubo à casa paroquial

RIBEIRÃO — Dois homens armados e encapuzados assaltaram a Casa Paroquial de Cajuru no sábado à noite. Eles amarraram e amordaçaram os três padres que moram no local.
Os acusados levaram celulares, relógios de pulso, um DVD, diversos objetos de prata, além de uma quantia em dinheiro que não foi informada pela polícia.
Em Orlândia os ladrões furtaram as hóstias, equipamentos de som, seis garrafas de vinho e picharam o interior da igreja. O fato aconteceu no final de setembro.

Igreja Católica atrairá anglicanos no Brasil

O Estado de S. Paulo, quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Igreja Católica atrairá anglicanos no Brasil

José Maria Mayrink

O cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, declarou, em entrevista coletiva, que a Santa Sé pode criar no Brasil um ordinariato pessoal para os anglicanos convertidos ao catolicismo. A iniciativa seguiria as normas da constituição apostólica Anglicanorum Coetibus (Às comunidades anglicanas), aprovada pelo papa Bento XVI no dia 4.
Além de padres casados, seriam aceitos nos seminários católicos os candidatos ao sacerdócio de origem anglicana que poderiam casar-se.
“Essa admissão não seria automática, mas teria de ser aprovada por um Conselho de Governo (formado por membros do ordinariato pessoal e referendado pela Santa Sé), observou d. Odilo. Ao optar pela união plena com Roma, os ex-anglicanos devem professar a fé ensinada pelo Catecismo da Igreja Católica, publicado pelo papa João Paulo II em outubro de 1992.
Os ex-anglicanos convertidos se sujeitam à autoridade do papa e à doutrina católica, embora conservem as tradições anglicanas.
D. Odilo acredita que os reflexos da constituição apostólica Anglicanorum Coetibus não deverão ser imediatos no Brasil, porque a comunidade anglicana não é muito numerosa — cerca de 30 mil fiéis.
“A publicação desse documento foi, no entanto, um passo importante no ecumenismo dado pela Igreja Católica para aproximação com outras igrejas”, afirmou o cardeal. Segundo ele, a Igreja de Comunhão Anglicana presente no Brasil é ligada ao arcebispo primaz de Cantuária, que tem bom diálogo com o Vaticano.

Igrejas desejam consolidar relações

O Estado de S. Paulo, domingo, 22 de novembro de 2009

Igrejas desejam consolidar relações

O papa Bento XVI e o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, reiteraram o desejo de consolidar as relações entre as Igrejas Católica e Anglicana. O papa e o arcebispo se reuniram ontem em uma audiência privada que se supõe ser o primeiro encontro entre os dois depois do anúncio do Vaticano de que as portas da Igreja Católica estão abertas aos anglicanos. Os dois também conversaram sobre os desafios do início do milênio e a necessidade de promover a colaboração.

Papa se reúne com 260 artistas

O Estado de S. Paulo, segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Papa se reúne com 260 artistas

“A fé não limita em nada a genialidade de vocês, a sua arte. Pelo contrário, anima-os a contemplar o Sol sem crepúsculo que ilumina e torna belo o presente”, afirmou o papa Bento XVI, durante encontro com artistas na Capela Sistina.
Compareceram ao evento, que terminou no sábado, cerca de 260 representantes do mundo da pintura, da música, das artes plásticas, do teatro e do cinema.
Tendo como pano de fundo o afresco do Juízo Final, de Michelangelo, o papa dirigiu aos artistas um convite “à amizade, ao diálogo e à colaboração”.
“O belo não é algo secundário na busca do sentido (da existência). (...) Leva a encarar com coragem a vida cotidiana para libertá-la da escuridão e transfigurá-la”, disse Bento XVI.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

La Infanta Elena y Jaime de Marichalar se divorcian de mutuo acuerdo

El Mundo.es, sábado, 14 de noviembre de 2009

La Infanta Elena y Jaime de Marichalar
se divorcian de mutuo acuerdo.


El 13 de noviembre de 2007 (era martes), hace justo dos años y un día, el portavoz del Palacio de la Zarzuela anunciaba “el cese temporal de la convivencia de los duques de Lugo”. Se ponía fin así a meses de rumores sobre el naufragio de un matrimonio que había durado 12 años. Hoy, los abogados de la Infanta Elena y Jaime de Marichalar tejen los últimos flecos del divorcio.
Pero el divorcio no es la solución final, según advierten los expertos. La Infanta es miembro de una monarquía católica, apostólica y romana, y contrajo matrimonio por la Iglesia; su condición de divorciada no le permitiría ni mucho menos rehacer su vida dentro de la doctrina católica. Según corrobora un experto en derecho canónico, “un divorcio y posterior matrimonio civil la pondría de cara a la Iglesia en situación de concubinato, lo cual le impediría, por ejemplo, recibir la comunión. Para la doctrina católica, el matrimonio sigue siendo un sacramento indisoluble y, por tanto, no se puede romper”.
Así las cosas, y en su opinión, la única salida que le queda a la duquesa de Lugo para rehacer su vida es la nulidad matrimonial. Todos los especialistas en derecho canónico consultados por La Otra Crónica están convencidos de que, tarde o temprano, lo harán.
El único precedente hasta la fecha de nulidad matrimonial de un miembro de una monarquía católica es el de Carolina de Mónaco y Philippe Junot. El Papa tardó nada menos que 12 años en aprobarla. El Pontífice estaba obligado a dar ejemplo y no podía en un caso tan mediático como el de Carolina dar imagen de que las nulidades son algo baldío. Algo que aún se contemplaría con mayor cautela en la Infanta Elena, ya que España es uno de los países con mayor raigambre católica.
El trato al que han llegado — siempre marcado por la armonía, recalcan — es similar al de cualquier otro matrimonio que se hubiera divorciado de mutuo acuerdo, con el mismo convenio regulador en las visitas a los niños y lo concerniente a la pensión que Jaime de Marichalar deberá pasarle a la Infanta en concepto de manutención.
Todo a pesar de las informaciones vertidas estos días, encaminadas a intoxicar un proceso legal ya delicado de por sí. Han querido pintar a un duque ambicioso, ansioso por preservar un título que hasta ahora ostentaba sólo como consorte. Dijeron que Marichalar se ha resistido a volver a ser un ciudadano corriente, que pretendía quedar bajo el paraguas de la Casa Real. Bajo el grueso trazo de sus enemigos, Jaime hasta pretendía conservar la Tarjeta Oro de Iberia.

[...] Geisy

A Tribuna, Piracicaba, 12 de novembro de 2009

[...] Geisy

Pe. Otto Dana*

Toda vez que leio sobre ou revejo a cena do inacreditável ato de selvageria física e intelecutal praticado pelos troglodistas da Uniban contra a nada discreta aluna Geisy Arruda, começo a cantarolar baixinho a toada do Chico: “Joga pedra na Geni / joga [imundície] na Geni / Ela é feita pra apanhar / Ela é boa de cuspir / Ela [se entrega] pra qualquer um / maldita Geni”. Diferente do Chico Buarque, eu jogaria, com todo prazer, baldes de [imundície] nos 700 alunos que, feitos animais no cio, quase lincharam e estupraram a desabrida colega de [pernas] à mostra. E atiraria num tanque transbordando de [imundície] a reitoria obscurantista da universidade que expulsou a vítima, sem chance de defesa.
O mundo está mesmo de cabeça pra baixo. Onde está a modernosa juventude liberada, desreprimida sexualmente, a juventude do motel, do “ficar”, do sexo sem culpa? Fosse numa universidade da Terceira Idade, que vá! Seria até hilário a veiarada se arrastando atrás de duas [pernas] roliças, brandindo bengalas e gritando imprecações e pragas contra a atrevida. Mas, uma universidade paulista, em pleno século 21, oferecer um espetáculo de barbárie medieval como esse do dia 22 de outubro, agravado agora pela “defaecatio maxima” (pergunte a um padre dos antigos o que é isso!) produzida pela reitoria, expulsando a garota, é de fechar todas as braguilhas para recesso.
Essa universidade, com certeza, não estuda a Inquisição. Por isso, a atualiza em pleno 2009. Só faltou isqueiro para acender a fogueira e fazer churrasquinho das fogosas [pernas] de Geisy. O anacronismo das razões invocadas pela Reitoria para expulsar a menina é estarrecedor e fascistóide: “O desrespeito à dignidade acadêmica e à moralidade.” A estudante “tem uma postura incompatível com o ambiente da universidade, pois sempre utiliza roupas curtas e decotes e tinha atitudes insinuantes.” Benza Deus! Isso é discurso de Madre Superiora, expulsando uma noviça do convento.
Que moralismo bastardo o dessa meninada e dos seus edu(castra)dores. Libido reprimida? Paranóia coletiva? Eros em chamas? Não dá para entender. Apenas duas [pernas] expostas abaixo de um vestidinho vermelho, nem tão curto assim.
*OTTO DANA é pároco da Igreja Sant’Ana em Rio Claro.

Rumo a Roma

Folha de S. Paulo, segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Rumo a Roma

Mônica Bergamo

O bispo dom Fernando Panico, de Crato (CE), que lidera os pedidos ao papa Bento 16 para que o padre Cícero seja reabilitado, pediu à Companhia das Letras um exemplar do livro Padre Cícero — Poder, Fé e Guerra no Sertão, biografia escrita por Lira Neto que será lançada hoje. Vai enviá-lo ao santo padre para engrossar o dossiê pela reabilitação do religioso brasileiro.

Motorista não sabe explicar como sobreviveu

Folha de S. Paulo, segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Motorista não sabe explicar como sobreviveu

O motorista Reginaldo Aparecido Pereira, 40, ainda não sabe explicar como conseguiu sobreviver ao acidente na sexta-feira passada provocado pela queda de vigas do Rodoanel na rodovia Régis Bittencourt.
De acordo com Anélia Aparecida Elviro Pereira, 59, seu filho relatou que dirigia lentamente, por causa do trânsito, quando uma viga atingiu a carroceria de seu caminhão. Ele, então, ouviu um estrondo. A porta se abriu sozinha e Pereira foi jogado para fora do caminhão. Logo depois, outra viga atingiu em cheio a cabine do veículo. O caminhão ficou destruído.
Segundo Anélia, o motorista disse que não abriu a porta nem se jogou do caminhão, como haviam afirmado inicialmente alguns parentes e testemunhas do acidente. “O Reginaldo não sabe como foi jogado para fora. Ele disse que foi a mão de Nossa Senhora [Aparecida] que o tirou de lá”, afirmou.
No acidente, o motorista fraturou três costelas e levou alguns pontos na cabeça. Ele ontem saiu da UTI e pode deixar o hospital ainda hoje.
Segundo Anélia, seu filho é católico fervoroso — devoto de Nossa Senhora Aparecida — e dirige caminhão há 20 anos.

Melhores da Igreja

O Globo, terça-feira, 17 de novembro de 2009

Gente Boa / Joaquim Ferreira dos Santos


Melhores da Igreja

O Conselho de Cultura da Arquidiocese do Rio de Janeiro escolheu ontem os premiados de 2009: Eike Batista, o vice José Alencar, Roberto Carlos, Vik Muniz e Fernanda Montenegro. O homenageado post-mortem é Dom Helder. Em uma semana, é o segundo prêmio para Eike.

Voltando a um tema

Folha de S. Paulo, terça-feira, 17 de novembro de 2009

Voltando a um tema

Carlos Heitor Cony

RIO DE JANEIRO — O tema talvez esteja superado. Durante semanas, na seção das cartas dos leitores, discutiu-se a retirada dos crucifixos das salas de aulas dos colégios públicos, bem como dos tribunais e de outras repartições do Estado. O argumento principal, lembrado por todos os que defendiam a retirada, foi o constrangimento daqueles que, professando outras religiões ou não professando religião nenhuma, são obrigados a conviver com o símbolo maior de outra religião, não importa que seja a religião da maioria.
O argumento procede, uma vez que respeita o mesmo crucifixo nas salas e dependências de escolas e instituições cristãs, tal como nas sinagogas e instituições judaicas é natural o uso de símbolos como a estrela de Davi e a menorá — que, por sinal, é usada também em templos cristãos. O Estado é leigo, mas é essencialmente democrático.
Até aqui, estou falando do assunto que ocupou o noticiário há pouco. Tudo bem, acho que a discussão valeu a pena. Temo, porém, que ela seja estendida ao Cristo Redentor do nosso Corcovado. Não se trata exatamente de um símbolo religioso, mas de um monumento que se instalou numa paisagem que não permitiria, por exemplo, um crucifixo, nem mesmo uma simples cruz.
É apenas um gigantesco homem de braços abertos sobre a Guanabara, num gesto de quem acolhe, protege e abraça. Não constrange o praticante de outros cultos. Quando o cardeal Leme pensou na estátua, recusou propostas de um Cristo Rei, um rei no trono do mundo. Preferiu o gesto largo de um homem colossal, abrigando outros.

Canonização de João Paulo II levará anos

O Estado de S. Paulo, quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Canonização de João Paulo II levará anos

Gilles Lapouge

João Paulo II morreu em 2 de abril de 2005. No dia seguinte, na Praça de São Pedro, a multidão clamou: “Santo já!”. Antes que um processo de beatificação seja aberto, a regra canônica impõe prazo de cinco anos. Mas João Paulo II já havia infringido essa regra em favor de Madre Teresa de Calcutá. Bento XVI decidiu seguir seu exemplo e os trâmites começaram em 28 de junho de 2005.
Anteontem, concluiu-se uma etapa crucial. A Comissão da Congregação dos Santos, encarregada de se pronunciar a respeito das “virtudes heroicas” de João Paulo II, votou. Foi divulgado que a comissão dera resposta definitiva e unânime. A votação havia sido precedida por uma pesquisa (chamada positio) dirigida pelo “postulador”, Monsenhor Slawomir Oder, um polonês.
Para proceder à beatificação, é necessário o reconhecimento de um milagre. Entre várias hipóteses, Roma escolheu a da religiosa francesa Irmã Marie Simon Pierre, da congregação das Irmãzinhas das Maternidades Católicas, que foi curada do mal de Parkinson. “Minhas irmãs de todas as comunidades oraram pela intercessão de João Paulo II. Dois meses depois da morte do papa, às 4h30, acordei maravilhada. Meu corpo não estava mais dolorido.” Um neurologista examinou a irmã: os sinais da doença haviam desaparecido.
Para a canonização, será preciso que outro “milagre” ocorra após a beatificação. A partir daí, o processo continuará por anos.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Medalha marcará os 350 anos de mosteiro

O Estado de S. Paulo, quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Medalha marcará os 350 anos de mosteiro

SOROCABA — A Casa da Moeda vai cunhar uma medalha nacional para marcar os 350 anos do Mosteiro de São Bento, em Sorocaba, interior paulista, que serão comemorados em abril de 2010. O mosteiro foi construído em 1660, seis anos após a fundação da vila, e a cidade formou-se em volta do edifício. É provavelmente o único mosteiro beneditino do País a conservar o prédio original, com grossas paredes de taipa. Outros mais antigos, como os de São Paulo, Salvador e Olinda, foram substancialmente modificados por reformas e novas edificações.

Crucifixo

Folha de S. Paulo, domingo, 8 de novembro de 2009

Crucifixo


■ Desde quando o direito à liberdade religiosa de uma única pessoa deve se sobrepor à maioria absoluta de uma população? Desde quando um símbolo inerte na parede pode influir na opção religi-osa de uma pessoa convicta de suas crenças e valores? Só posso aceitar que essa pessoa que proces-sou o Estado italiano somente o fez para tirar proveito financeiro de uma lei esdrúxula e incoerente para essa situação em particular. — Edson L. Gouvea, Santa Bárbara D’Oeste, SP
■ Parabenizo o dr. Ives Gandra da Silva Martins pelo magnífico artigo A ditadura do laicismo (Tendências/Debates, 7/11). O Estado é laico, mas o povo é religioso — e isso é evidente, óbvio. O pior de tudo é que esse laicismo é discriminatório, acentuadamente anticatólico. Todos podem exigir o que desejam, menos os católicos. Hoje querem liberdade para que todos falem, inclusive para profanar vergonhosamente as coisas mais sagradas da fé católica. Mas a Igreja Católica é a úni-ca que não pode falar. — Felipe Aquino, Lorena, SP

É hostil ao cristianismo a decisão da Corte Europeia

Folha de S. Paulo, sábado, 7 de novembro de 2009

É hostil ao cristianismo a decisão da Corte Europeia
que condenou crucifixo em escolas italianas?
SIM
A ditadura do laicismo



Uma única senhora — que, certamente, no dia de comemoração do nascimento de Cristo, ofer-tará a seus filhos e familiares presentes natalinos — e a Corte Europeia de Direitos Humanos, cons-tituída de juízes não italianos — e que também, em homenagem ao Natal, não funcionará no dia 25 de dezembro —, impuseram à nação italiana, berço do cristianismo universal, contra a opinião de dezenas de milhões de pessoas que lá vivem, a retirada dos crucifixos de suas escolas públicas.
Os próprios juízes daquela corte, que decidiram contra a presença dos crucifixos — símbolo integrante da cultura da esmagadora maioria dos cidadãos italianos —, certamente também festejarão as festas natalinas, presentearão familiares e amigos e comemorarão a data de confraternização mun-dial por excelência, talvez a mais importante para a difusão da paz e da fraternidade entre os povos.
A contradição hipócrita entre a eliminação dos crucifixos e a comemoração do Natal — signos que lembram a morte e o nascimento de Jesus Cristo — é evidente, demonstrando a falta de razoabi-lidade da decisão da Corte Europeia de Direitos Humanos, por impor aos italianos a vontade de uma única pessoa.
Não cogitou, entretanto, de instituir a proibição dos feriados natalinos a todos os países da Eu-ropa.
No Brasil, o Conselho Nacional de Justiça, em resolução tomada por 12 votos e uma abstenção, deliberou que, nos tribunais, caberá a cada magistrado decidir, de acordo com suas convicções, a manutenção ou não do crucifixo na sala de julgamentos. E uma tentativa do Ministério Público de retirar os crucifixos desses recintos foi rejeitada pelo Poder Judiciário.
Se a Turquia vier a ingressar na União Europeia — já estando avançadas as tratativas nesse sentido —, certamente a Corte Europeia não terá coragem de proibir, diante de possíveis reações “talebanísticas”, os símbolos da cultura e da crença islâmica nas sessões de julgamento.
Os valores do cristianismo sempre incomodaram. Embora sem a virulência dos tempos dos mártires do coliseu, a reação dos que querem impor sua maneira de ser é a mesma.
Trata-se de uma visão deturpada do Estado laico. Este não é um Estado sem Deus, mas um Es-tado em que a liberdade de pensar é plena e não pode reputar-se ameaçada pelo respeito às tradições do povo e do país. Numa democracia, é a maioria que deve decidir os seus destinos. E a maioria acredita em Deus.

Governo manterá crucifixo na escola

O Estado de S. Paulo, sábado, 7 de novembro de 2009

Governo manterá crucifixo na escola

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, disse que a decisão do Tribunal de Estrasburgo que determinou a retirada de crucifixos das salas de aula não impedirá que os símbolos continuem nas escolas da Itália porque ela não é obrigatória.
Sobre o Tribunal de Direitos Humanos de Estrasburgo, o premiê disse: “É só uma comissão do Conselho Europeu no qual participam cerca de 40 países, entre os quais estão Belarus e outros que não compõem a União Europeia.” “Esta é uma decisão não vinculativa, sem condições de coibir a presença dos crucifixos nas salas de aula de nosso país”, completou Berlusconi, após a reunião do Conselho de Ministros.
Além de classificar a decisão de inaceitável, o presidente do Conselho referiu-se à presença do símbolo católico em outros setores. “Oito países da Europa têm a cruz em sua bandeira. Então, o que isso significa? Que essas bandeiras devem ser alteradas porque nesses países há estrangeiros que ganharam cidadania?”, questionou.
Berlusconi lembrou que o recurso já foi decidido no Conselho de Ministros e a questão será agora levada à Comissão Central da UE. “Não acredito que haja necessidade de plebiscito sobre uma decisão absolutamente não respeitosa com a realidade”, disse. “Quem caminha por qualquer cidade da Itália não pode fazê-lo sem se deparar a cada 300 metros, em qualquer direção, com o símbolo, muito presente nas raízes e nas tradições cristãs. Penso que até mesmo um ateu pode tranquilamente reconhecer o fato de que o crucifixo está muito ligado a nossa história”, ressaltou.
A Itália confirmou também que vai recorrer da sentença emitida pela Corte Europeia de Direitos Humanos na última terça-feira, que condenou o país a pagar uma indenização de 5 mil à cidadã itali-ana de origem finlandesa Soile Lautsi.
A decisão da Corte tem gerado críticas da Igreja Católica. O cardeal de Cracóvia, na Polônia, e ex-secretário pessoal do papa João Paulo II, Stanislaw Dsiwisz, classificou a sentença de “incompre-ensível” e disse que ela suscita “preocupações para o futuro da liberdade religiosa na Europa”.

Un primer informe sobre la Legión, en manos del Papa

Mundo, lunes, 9 de noviembre de 2009El

Un primer informe sobre la Legión, en manos del Papa

Roma — Los visitadores nombrados por la Santa Sede para realizar una investigación en las instituciones y centros de los Legionarios de Cristo (LC) y del Regnum Christi (RC) fueron convocados a Roma, a finales del mes de octubre, donde presentaron a Benedicto XVI un primer informe sobre los resultados de su investigación.

Según la información facilitada por sacerdotes legionarios que aún continúan dentro de la congregación religiosa, pero que disienten de la actitud de "secretismo" que están manteniendo los responsables de la LC, la visita apostólica está prácticamente concluida.

No obstante, los visitadores siguen trabajando en algunos centros que quedan pendientes, como en el caso de España, y porque todavía son muchas las personas, sobre todo laicos y consagrados del RC, que han solicitado ser recibidos por los visitadores y darles su testimonio.

En fuentes cercanas a uno de los visitadores, ha podido confirmar este encuentro: "fuimos llamados a Roma con urgencia", dijo uno de ellos, quien precisó que las acusaciones de pederastia contra el fundador de la LC, Marcial Maciel, prácticamente no se han investigado.

El motivo es que la Santa Sede dispone ya, desde hace años, de un importante dossier al respecto, que llevó a la condena de Maciel en el año 2005, y sólo se están recibiendo ahora los testimonios de víctimas o afectados que han solicitado entrevistarse con alguno de los visitadores.

El Papa, según las mismas fuentes, "tiene ya muy clara la situación de la Legión de Cristo y las acusaciones contra el fundador; en lo que estamos profundizando, a petición de la Santa Sede es en el cumplimiento de la supresión del cuarto voto o de caridad — el no hablar mal o denunciar a los superiores — ordenada por Roma".

Desconfianza y disensiones

La situación que se vive internamente en los centros legionarios y del Regnum Chisti ha pasado del desconcierto a la de desconfianza por la falta de información, a la angustia de muchos sacerdotes y consagrados del RC por el futuro, y a los abandonos de sacerdotes y miembros laicos.

Un sacerdote legionario, que ocupa un importante puesto en la LC y que sigue dentro a la espera de la decisión de la Santa Sede cuando finalice la visita apostólica, ha resumido la situación: "En la LC y el RC existen en estos momentos tres tipos de actitudes: los que siguen pensando que todo es falso y es una prueba más que nos envía Cristo; los que han abandonado y se han salido, y los que vivimos una tremenda frustración por el secretismo de nuestros superiores y que estamos esperando para tomar una decisión a lo que decida el Papa y si se convoca un Capítulo General".

"Todo lo que se ha venido diciendo, es cierto -sostiene este sacerdote-, y se conocía a nivel de algunos superiores y de la Santa Sede desde hace por lo menos más de veinte años según ha reconocido el propio Vicario General, Luis Garza, en sendas conferencias internas pronunciadas este verano".

"Es una situación insostenible porque cuando preguntas a tu superior sobre algo concreto, o no te responde o te contesta ‘pues es Ud. el primero que me plantea esto’".

Para este legionario, y que han corroborado otros miembros de la LC que han pedido incardinarse en otras diócesis, entre ellas las de Madrid, es que la "desconfianza" es absoluta en los centros legionarios, "no te puedes fiar ni hablar de estos temas con el que tienes al lado, bien porque te dice que no quiere saber nada o bien porque minutos después ha ido al superior a contárselo".

Esta situación se está planteando también en los centros del Regnum Christi y entre las consagradas, aunque la posibilidad de poder acceder a Internet — en los centros legionarios el acceso a Internet o al correo electrónico está absolutamente controlado y determinadas páginas críticas o que informan sobre esta visita apostólica censuradas — y a más información les permiten seguir con mayor facilidad lo que está ocurriendo.

El desengaño, el cuestionamiento de la propia fe en algunos casos y la imposibilidad muchas veces de encontrar acogida o apoyo en el entorno cercano, han llevado a un grupo de laicos del RC a crear una red de acogida, en casas particulares, para aquellos miembros y consagradas del RC que necesiten "reflexionar sin presiones externas" sobre su futuro de permanencia o no en la RC.

Transparencia

También, y ante las denuncias sobre algunos casos de abusos sexuales en los colegios legionarios, un grupo de padres cuyos hijos continúan sus estudios en escuelas legionarias, ha constituido en México la asociación Transparencia Legionaria con el objetivo de unir a los padres de familia y reclamar transparencia en dichas escuelas.

Este grupo ha enviado su petición de "transparencia" a Benedicto XVI, los visitadores apostólicos, los directores de las escuelas, los superiores de la Legión de Cristo y al Grupo Integer — institución que controla toda la financiación de la Legión, en todo el mundo, mediante distintas sociedades — exigiendo "una respuesta oficial, pública y rápida" a tres cuestiones.

Reporte mensual de ingresos y gastos en las escuelas, para conocer dónde va a parar el dinero que invierten en la educación de sus hijos; declaración de principios de la escuela, sobre si su objetivo es educar o "tener un semillero de futuros sacerdotes o miembros del Regnum Christi" y el curriculum de quienes educan a sus hijos, y cómo y por qué son contratados.

Santa Sede publica Constitución Apostólica que regula paso de anglicanos a la Iglesia

ACI, lunes, 9 de noviembre de 2009

Santa Sede publica Constitución Apostólica

que regula paso de anglicanos a la Iglesia

Vaticano — La Congregación para la Doctrina de la Fe dio hoy a conocer la Constitución Apostólica Anglicanorum coetibus, sobre la institución de Ordinariatos Personales para los anglicanos que entran en plena comunión con la Iglesia Católica. En el comunicado se precisa, además, que la disciplina sobre el celibato sacerdotal no ha variado en modo alguno.

La mencionada Constitución Apostólica y las Normas Complementarias están fechadas el 4 de noviembre, festividad de San Carlos Borromeo, y firmados por el Cardenal William Joseph Levada y el Arzobispo Luis F. Ladaria, S.I, respectivamente Prefecto y Secretario de la Congregación para la Doctrina de la Fe.

El texto explica que "la Constitución Apostólica que se publica hoy introduce una estructura canónica que facilita esa reunión corporativa mediante la institución de Ordinariatos Personales que permitirán a esos grupos entrar en comunión plena con la Iglesia Católica, conservando al mismo tiempo elementos específicos del patrimonio espiritual y litúrgico anglicano. Las Normas Complementarias servirán para la correcta aplicación del procedimiento".

Seguidamente señala que "esta Constitución Apostólica abre un nuevo camino para la promoción de la unidad de los cristianos, reconociendo al mismo tiempo la legítima diversidad en la expresión de nuestra fe común. No se trata de una iniciativa que haya tenido origen en la Santa Sede, sino de una respuesta generosa por parte del Santo Padre a la aspiración legítima de esos grupos anglicanos. La institución de esta nueva estructura se sitúa en plena armonía con el compromiso para el diálogo ecuménico, que sigue siendo prioritario para la Iglesia Católica".

Asimismo, el comunicado precisa que "la posibilidad prevista en la Constitución Apostólica de la presencia de algunos clérigos casados en los Ordinariatos Personales no significa en modo alguno un cambio en la disciplina de la Iglesia acerca del celibato sacerdotal que, como afirma el Concilio Vaticano II es signo y al mismo tiempo estímulo de la caridad pastoral y anuncia de forma resplandeciente el reino de Dios".

La Constitución consta de trece disposiciones relativas a la formación de los Ordinariatos que gozan, según afirma el párrafo 3 del primer apartado, "de personalidad jurídica pública y son asimilables jurídicamente a una diócesis"; a la potestad del Ordinario "ejercida de forma conjunta con la del obispo diocesano local en los casos previstos por las Normas Complementarias"; a los candidatos al Orden Sacramental; a la erección, con la aprobación de la Santa Sede, de nuevos Institutos de Vida Consagrada y Sociedades de Vida Apostólica, así como de parroquias; a la visita ad limina del Ordinario, entre otros temas

Las Normas Complementarias, concluye el comunicado, tratan de la dependencia de la Santa Sede; las relaciones con las Conferencias Episcopales y los obispos diocesanos; el Ordinario; los fieles del Ordinariato; el clero; los obispos que eran anglicanos; el Consejo de gobierno; el Consejo pastoral y las parroquias personales.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Altar eletrônico

Folha de S. Paulo, quarta-feira, 26 de agosto de 2009


Elvira Lobato

A Arquidiocese de Aparecida (SP) está em busca de uma emissora de televisão comercial para comprar. Vem tendo problemas com o governo, porque a TV Aparecida tem concessão de emissora educativa e não poderia veicular publicidade. Para acabar com a dor de cabeça, decidiu comprar uma emissora comercial.

A iniciativa da arquidiocese é parte de um contexto geral de avanço das igrejas sobre os meios de comunicação, especialmente o televisivo. E por que o interesse?

“A TV alcança um público muitas vezes maior que o rádio. Se o fiel não vem à igreja, temos que ir à casa dele”, resume padre Cesar Moreira, diretor da TV Aparecida.

O avanço das igrejas na radiodifusão começou a partir do início dos anos 90, quando o bispo Edir Macedo começou a montar a Rede Record. Os católicos responderam com a Rede Vida em 1995, e já têm mais duas redes com cobertura em grande parte do território nacional: Canção Nova e Aparecida.

Acordo com Vaticano é aprovado por deputados

Folha de S. Paulo, quinta-feira, 27 de agosto de 2009


Brasília — Apesar do protesto de igrejas cristãs tradicionais, evangélicas e ateus, a Câmara aprovou ontem o acordo entre o Brasil e o Vaticano, assinado em novembro do ano passado pelo presidente Lula. Por causa das reclamações, a Casa também aprovou outro acordo, que estende os mesmos benefícios para todas as religiões. Os textos seguem para o Senado.

Evangélicos tentam impedir acordo com Santa Sé

O Globo, quarta-feira, 26 de agosto de 2009


Evandro Éboli

Brasília — A bancada evangélica usa de todos os artifícios para tentar impedir a votação do acordo entre o Brasil e a Santa Sé no Congresso Nacional. Esses religiosos tentam dar caráter de urgência para aprovar um texto muito semelhante ao do tratado, mas que não restringe as prerrogativas à Igreja Católica. Os evangélicos estão colhendo assinaturas dos líderes para que seja incluída na pauta, ainda esta semana, a Lei Geral das Religiões, de autoria do deputado George Hilton (PP-MG), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.

Essa lei geral, na verdade, é uma cópia do acordo do governo com o Vaticano, e tem os mesmos 19 artigos. No entanto, na versão evangélica, a expressão católica é excluída ou substituída por “todas confissões religiosas”.

Evangélicos vão defender lei para todas as religiões

Folha de S. Paulo, sexta-feira, 21 de agosto de 2009


Brasília — A bancada evangélica na Câmara dos Deputados quer votar na próxima semana uma Lei Geral das Religiões para se contrapor ao acordo entre o governo brasileiro e o Vaticano, assinado por Lula em novembro de 2008.

O deputado evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RS) foi designado relator da proposta, que estende às demais religiões tudo o que está previsto no acordo com a Santa Sé. Ele obteve o compromisso do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), de que o texto será votado no mesmo dia do acordo com a Igreja Católica.

Acordo com Santa Sé vem em boa hora

Folha de S. Paulo, quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Tendências / Debates


George Augusto Niaradi

Os brasileiros contabilizam a maior população católica no mundo — em 2003, quase 130 milhões — e, paradoxalmente, o Brasil é o único Estado que não tem consolidada juridicamente sua relação com o Vaticano.

Ao adotar um único instrumento jurídico internacional que passe a regular as relações entre esses dois Estados, o Brasil fica em situação similar à de todos os demais países, permitindo-se a celebração de outros acordos com as demais religiões globais. Trata-se, portanto, de um acordo internacional que respeita os direitos fundamentais dos brasileiros e reforça a condição do Brasil de Estado laico.

Em termos de tratados internacionais, aqueles que representam identidade com as Constituições brasileiras são os seguintes: o Acordo Administrativo para Troca de Correspondência Diplomática (1935) e o Acordo sobre o Estabelecimento do Ordinariado Militar e Nomeação de Capelães Militares (1989).

Ambos foram recepcionados, respectivamente, pelas Constituições brasileiras de 1934 e 1988. O Brasil passou a ter constitucionalmente representação diplomática na Santa Sé, e os brasileiros tiveram assegurada a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva.

Sumariando-se os artigos 2º até o 17 desse Acordo, atesta-se sua recepção às disposições constitucionais de inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício de qualquer culto religioso e a proteção aos seus locais e liturgias.

Nos temas relacionados à educação, os artigos 9º, 10 e 11 dispõem que o reconhecimento recíproco de títulos e qualificações em nível de graduação e pós-graduação estará sujeito às respectivas legislações e normas dos Estados pactuantes.

E em respeito ao princípio do cooperativismo nas relações internacionais — conforme inciso IX do artigo 4º da Constituição —, a Igreja Católica continuará a colocar suas instituições de ensino, em todos os níveis, a serviço da sociedade e de acordo com o ordenamento jurídico brasileiro.

A urgência do esclarecimento da sociedade se faz necessária no sentido de que o presente diploma legal com a Igreja Católica não exclui as demais religiões globais, mantendo-se o Brasil como Estado laico.

* George Augusto Niaradi, advogado, doutor em direito internacional pela USP e pós-doutor em direito pela Università della Santa Croce (Roma), é presidente da Comissão de Comércio Exterior e Relações Internacionais da OAB-SP.

Acordo Brasil-Vaticano

O Estado de S. Paulo, quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Fórum dos Leitores


■ Diante do editorial O acordo Brasil-Vaticano (24/8, A3), faz-se necessária a correção de alguns equívocos. Não se trata de “concordata”, mas de acordo entre duas entidades soberanas, a Santa Sé e a República Federativa do Brasil, com força jurídica de tratado internacional. O acordo responde à necessidade da Igreja Católica de contar com mais clareza e segurança jurídica e recolhe num texto legislativo único e concordado seu estatuto jurídico no País.

A Santa Sé celebra acordos semelhantes com nações de todo o mundo, até de religião muçulmana ou de radicada tradição não confessional. A laicidade do Estado brasileiro não se perde nem se macula, ao contrário, demonstra que seu princípio constitucional de liberdade de culto está mais vivo, dando a oportunidade a todas as Igrejas de buscarem similar entendimento com o Estado.

Há que corrigir outros três pontos, que o jornal qualifica como concessões do Estado brasileiro: 1) Sobre o ensino religioso, o acordo não prevê nada além do que estabelecem a Constituição e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação; 2) com relação ao “vínculo não empregatício” de freiras e padres, só ratifica o que já está claro na esfera jurídica, sendo assunto pacífico e inconteste na jurisprudência federal, inclusive dos tribunais superiores (TST e STF). A consagração voluntária à vida religiosa ou ao sacerdócio não cria vínculos trabalhistas nem infringe direitos de acesso à Justiça, tampouco ofende cláusulas pétreas da Constituição; 3) quanto aos bens culturais da Igreja, é sabido pelos entes públicos de proteção do patrimônio histórico (Iphan, Condephaat e Conpresp), e está disposto nas Constituições estaduais, que, uma vez tombados, passam a ser de interesse da humanidade e do próprio Estado, que devem zelar por sua conservação. — Padre Juarez Pedro de Castro, secretário-geral do Vicariato da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo.

N. da R. — A Igreja Católica alega que o acordo apenas sistematiza leis esparsas, consagrando direitos já vigentes, mas, na prática, não é isso o que acontece. O texto do acordo contém conceitos com redação excessivamente vaga, o que permite o que os juristas chamam de interpretação “extensiva” ou “praeter legem”, que permite justificar uma ampliação dos direitos já consagrados. No que se refere ao vínculo empregatício, apesar de decisões favoráveis dadas à Igreja por alguns tribunais, não há jurisprudência pacificada nem súmula vinculante sobre a matéria. Além disso, a descaracterização de relações de trabalho, sob a justificativa de que são ações catequéticas, rompe a isonomia dos brasileiros perante a lei.

O acordo Brasil-Vaticano

O Estado de S. Paulo, segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Notas & Informações


Apesar da oposição de igrejas cristãs tradicionais, igrejas evangélicas e grupos ateus, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou parecer recomendando a ratificação da Concordata firmada no final do ano passado entre o Brasil e o Vaticano.

Envolvendo temas que sempre deram margem a polêmicas, como ensino religioso nas escolas públicas de um Estado laico, os 20 artigos da Concordata assinada pelo presidente Lula e pelo papa Bento XVI foram negociados durante um ano. Sob a justificativa de reunir leis esparsas e dar forma jurídica a um intercâmbio que já existia, a iniciativa partiu do Vaticano. Durante as negociações, o Itamaraty recusou as propostas de oficialização de feriados católicos e permissão para a entrada de missionários em áreas indígenas, mas acatou as demais solicitações do Vaticano.

Além da questão do ensino religioso, três pontos do acordo merecem destaque. O primeiro é a concessão de isenção fiscal para rendas e patrimônio de pessoas jurídicas eclesiásticas. O segundo é a manutenção, com recursos do Estado brasileiro, do patrimônio cultural da Igreja Católica, como prédios, acervos e bibliotecas. O terceiro é isenção para a Igreja Católica de cumprir as obrigações impostas pelas leis trabalhistas brasileiras.

Independentemente de suas implicações morais, essas três concessões ao Vaticano esbarram em problemas jurídicos e são incompatíveis com o Estado laico que nossas Constituições consagram desde a proclamação da República, no final do século 19. A concessão de isenção fiscal para pessoas jurídicas eclesiásticas, por exemplo, pode abrir um perigoso precedente, pois as demais igrejas sentir-se-ão estimuladas a invocar o princípio da isonomia para exigir o mesmo benefício. A Constituição, na alínea b do inciso VI do artigo 150, proíbe a União de instituir impostos sobre “templos de qualquer culto”. Tributaristas alegam que o texto da Concordata é impreciso, abrindo campo para a ampliação do benefício, que poderia ser aplicado não só aos templos, mas a todos os negócios da Igreja Católica, que é dona de editoras, rádios e escolas.

No que se refere à manutenção do patrimônio cultural da Igreja Católica com dinheiro dos contribuintes — muitos dos quais, diga-se, são ateus ou seguidores de outras religiões —, os problemas jurídicos são ainda mais graves. O artigo 19 da Constituição é preciso ao determinar que o Estado não pode “subvencionar igrejas”. E, mesmo que pudesse, faz sentido destinar recursos públicos para o custeio de bens que, segundo a Concordata, permanecerão sob gestão, custódia e salvaguarda de ordens religiosas?

Por fim, ao eximir a Igreja Católica de obrigações trabalhistas, classificando a relação jurídica de padres e freiras como “vínculo não empregatício”, sob a justificativa de que eles exercem uma função “peculiar”, de “caráter apostólico, litúrgico e catequético”, a Concordata comete dois pecados jurídicos. Além de dar tratamento privilegiado à Igreja Católica enquanto empregadora, violando o princípio da igualdade das partes perante a lei, ela não pode passar por cima dos dispositivos do artigo 5º da Constituição que asseguram o livre acesso à Justiça e determinam que “a lei não excluirá da apreciação do Judiciário lesão ou ameaça ao direito”. Como é “cláusula pétrea”, o artigo não pode ser revogado.

MEC critica acordo do Brasil com Santa Sé

Folha de S. Paulo, terça-feira, 25 de agosto de 2009


Angela Pinho, Johanna Nublat

Brasília — Um artigo sobre ensino religioso faz com que o acordo entre o Brasil e a Santa Sé seja criticado dentro do próprio governo federal. O documento foi assinado em novembro de 2008 e está prestes a ser votado no Congresso Nacional.

Um dos pontos do texto diz que “o ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental”.

A discórdia está na expressão “católico e de outras confissões religiosas”. Isso porque a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de 1996, ao falar sobre o ensino religioso, não menciona nenhuma fé específica e também veda o “proselitismo”, ou seja, a promoção de uma religião.

Por isso, em parecer datado de junho deste ano, a Coordenadoria de Ensino Fundamental do MEC afirma que o acordo fere a legislação brasileira e poderá gerar discriminação dentro da escola pública. No caso da particular, o documento ressalta que as instituições de ensino cristãs têm autonomia para deliberar sobre o conteúdo.

O Itamaraty diz que o MEC havia dado parecer favorável ao artigo em dezembro de 2007. Já o ministério afirma que já havia manifestado sua discordância anteriormente.

A CNBB nega privilégio à Igreja Católica no artigo. “Por que aparece ‘católico’? Porque está falando do acordo com a Igreja Católica. Se fosse com a religião budista, diria “budista e de outras confissões religiosas’”, disse na sexta-feira dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da entidade.

Juíza nega proibição de crucifixo em repartições

O Estado de S. Paulo, sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Fausto Macedo

Símbolos religiosos — crucifixos, imagens e outros — poderão permanecer expostos nas repartições públicas. A decisão é da juíza Maria Lúcia Lencastre Ursaia, da 3ª Vara Cível Federal de São Paulo, que, liminarmente, indeferiu pedido da Procuradoria da República em ação civil para a retirada dos símbolos dos prédios da União em todo o Estado.

A ação foi aberta a partir de representação, cujo autor teria se sentido ofendido com um crucifixo pendurado no plenário da Câmara Municipal de São Paulo. O Ministério Público Federal viu desrespeito ao princípio da laicidade do Estado, da liberdade de crença, da isonomia, bem como ao princípio da impessoalidade da administração e ao princípio processual da imparcialidade.

A juíza destacou que o Estado laico não deve ser entendido como instituição anti-religiosa ou anticlerical. “O Estado laico foi a primeira organização política que garantiu a liberdade religiosa. A laicidade não pode se expressar na eliminação dos símbolos religiosos, mas na tolerância aos mesmos.”

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Igrejas se ‘blindam’ contra a violência

Folha de S. Paulo, quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Douglas Santos

Ribeirão — Cerca elétrica, câmeras de vigilância, segurança particular, cadeados, chaves “tetra” e até o apoio da Guarda Civil Municipal, além do fim da divulgação do balanço financeiro nos murais das igrejas. Todas as medidas estão sendo adotadas para tentar minimizar os constantes furtos e assaltos em igrejas da região de Ribeirão Preto.

Em Ribeirão, duas igrejas já instalaram câmeras de segurança e cerca elétrica, enquanto outras duas já têm cerca e solicitaram a compra de câmeras.

Na igreja Nossa Senhora dos Pobres, três furtos e um roubo aconteceram neste ano. Segundo o padre Gilberto Kasper, um homem armado com uma faca entrou no local após a missa e fugiu com os R$ 100 do dízimo. Na mesma igreja, uma mulher que se fingia de grávida furtou três bolsas numa missa.

Já na igreja Cristo Operário, uma imagem de bronze foi furtada e, por causa dos constantes problemas, no local foi colocada uma imagem de cimento. Para evitar problemas do gênero, o Santuário Nossa Senhora Aparecida instalou há dois anos duas câmeras, cerca elétrica e contratou vigia para reforçar o monitoramento. “Após a colocação, não houve mais problemas de segurança”, disse Wagner Luís Gomes, padre do santuário.

Segundo a CNBB, cada paróquia é livre para tomar as medidas que forem necessárias para evitar furtos e assaltos.

Dom Antônio Saburido toma posse como arcebispo de Recife

Folha de S. Paulo, segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Dom Antônio Fernando Saburido tomou posse ontem como novo arcebispo de Olinda e Recife na presença de todos os padres das 101 paróquias da arquidiocese do Estado, representantes do Vaticano e da CNBB.

A cerimônia de posse aconteceu na Igreja da Madre de Deus, no bairro do Recife. Logo depois, dom Fernando celebrou uma missa, na praça do Marco Zero, com a presença de centenas de fiéis.

O novo arcebispo nasceu em Cabo de Santo Agostinho (PE), tem 62 anos e foi ordenado padre pela Ordem de São Bento em 1978. Ele atuou como bispo auxiliar de Olinda e Recife em 2005, quando foi nomeado bispo da diocese de Sobral (CE).

Dom José Cardoso Sobrinho, que ocupava o cargo desde 1985 e colocou o cargo à disposição no ano passado, quando completou 75 anos, esteve presente na cerimônia ontem.

Ele afirmou que após entregar a arquidiocese ao seu sucessor vai morar em um convento da ordem carmelita, em Camocim de São Félix (121 km de Recife).

AMB critica aprovação de acordo com Vaticano

Folha de S. Paulo, segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Ana Flor

A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) divulgou uma nota pública se posicionando contra a aprovação, no Congresso Nacional, do acordo entre Brasil e Vaticano, assinado em novembro do ano passado pelo presidente Lula.

Segundo a entidade, a ratificação do texto “implicará em grave retrocesso ao exercício das liberdades e à efetividade da pluralidade enquanto princípio fundamental do Estado”.

O acordo, que trata de assuntos jurídicos e outros temas, como ensino religioso público e casamento, foi aprovado na semana passada na Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Ele poderá ir ao plenário da Casa já nos próximos dias.

Desde a assinatura, outras igrejas e grupos ateus protestam contra a concordata, afirmando que ela fere a Constituição por dar privilégios à Igreja Católica e contradizer o princípio do Estado laico.

Segundo a CNBB, o acordo reconhece a personalidade jurídica da Igreja Católica no país e representa uma garantia da liberdade de culto também para outras denominações.

Segundo o presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, o Vaticano tem tratados desse tipo com cerca de 70 países. A entidade insiste que o texto apenas reafirma o que já está em prática no país.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

CNBB reclama que sociedade civil está fora de conferência

O Estado de S. Paulo, quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Wilson Tosta

O secretário-geral da CNBB, D. Dimas Lara Barbosa, criticou a maneira como está sendo preparada a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública, que será promovida pelo Ministério da Justiça entre os dias 27 e 30, em Brasília. Em reunião com líderes católicos leigos, o religioso recomendou que a Arquidiocese do Rio manifeste ao ministro Tarso Genro e ao governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, suas criticas à forma como foram feitas no Estado as discussões preparatórias, segundo ele sem a participação da sociedade civil.

O arcebispo do Rio, D. Orani João Tempesta, criticou a política de segurança pública com ênfase no confronto e não em investimentos sociais. “Isso não tem diminuído a questão das mortes. Pelo contrário.”

Concordata pode gerar problema institucional

Folha de S. Paulo, quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Hélio Schwartsman

É complicada, do ponto de vista institucional, a provável ratificação da Concordata entre o Brasil e o Vaticano.

Os autores da proposta enviada ao Congresso foram espertos. Redigiram-na de modo tal que, formalmente, o texto não faz muito mais do que reafirmar direitos que a Constituição e a legislação ordinária já concedem não só à Igreja Católica mas a todas as instituições religiosas. São garantias como exercício público de culto e imunidade tributária. Mas, se fosse só isso, por que a insistência de Roma em aprovar um documento que nada acrescenta?

O problema está menos no conteúdo do texto — embora existam alguns pontos delicados que veremos a seguir — e mais na oportunidade do acordo. A mera existência da Concordata (tratado internacional entre um país e o Vaticano) já macula o artigo 19 da Carta, que veda ao poder público manter relações de aliança com cultos religiosos. Aqui, a Igreja Católica se vale da condição ambígua de ser também um Estado soberano e busca relacionar-se com a União em condição de privilégio sobre as demais fés.

Comissão aprova acordo de Brasil e Vaticano

Folha de S. Paulo, quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ana Flor

A Câmara pode aprovar nos próximos dias um acordo entre o governo brasileiro e o Vaticano assinado pelo presidente Lula em novembro de 2008.

Apesar do protesto de igrejas cristãs tradicionais, evangélicos, grupos ateus e até mesmo entidades católicas que defendem o Estado laico, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou ontem o texto.

O acordo segue para três comissões, mas, como corre em regime de urgência, pode ser votado no plenário imediatamente. A Folha apurou que houve acordo entre os líderes da Casa para que o texto fosse apreciado no plenário assim que passasse pela Comissão de Relações Exteriores. O texto precisa passar pelo Senado.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Corrupção ameaça democracia, alerta CNBB

O Estado de S. Paulo, sexta-feira, 19 de junho de 2009

Roldão Arruda

A CNBB divulgou nota na qual manifesta indignação diante das “repetidas acusações de corrupção” na área pública. “A corrupção e a decorrente impunidade constituem grandes ameaças ao sistema democrático”, alerta a nota.
O texto é assinado é pela cúpula da CNBB, formada pelos bispos d. Geraldo Lyrio Rocha, presidente, d. Luiz Soares Vieira, vice-presidente, e d. Dimas Lara Barbosa, secretário-geral. Eles afirmam que a repetição das denúncias leva a população a desacreditar não só dos políticos, mas também das instituições.

Acordo contra a cidadania

O Globo, terça-feira, 23 de junho de 2009

Roseli Fischmann

Dois anos depois de o tema vir à tona, tramita na Câmara dos Deputados acordo com a Santa Sé, assinado no Vaticano pelo governo federal em novembro de 2008. A pressão era para assiná-lo na visita do Papa ao Brasil, em 2007, mas o debate público o impediu.
O acordo proposto pela Santa Sé, um Estado com identidade peculiar, como sendo de cunho internacional, bilateral, entra no âmago da vida nacional, interferindo em direitos de brasileiros; entre outros: invade destinação orçamentária; nega direitos trabalhistas a religiosos; interfere em processos matrimoniais; subordina a escola pública, tornando impossível na prática rever até a Constituição, pela dificuldade que é desfazer um acordo bilateral, para o qual não cabe denúncia unilateral. Na relação com outros Estados, o Brasil firma acordos pontuais, havendo vários acordos com um mesmo Estado, específico do comércio ou restrito aos limites da diplomacia; não há caso, com outros Estados, de um acordo único abrangente, e menos ainda caso de acordo que promova invasão da esfera nacional. Como e por que permitir que se crie esse precedente?

L’accordo Vaticano-Urss per tacere sul comunismo

Libero, martedì, 23 giugno 2009

di Antonio Socci

Mosca in Vaticano — È appena uscito il volume di Andrea Tornielli, Paolo VI. L’audacia di un Papa (Mondadori) che offre un’ampia documentazione sulla figura di Giovanni Battista Montini e sul suo pontificato. Merita l’attenzione e la discussione degli storici. Io, in questa rubrica, segnalo solo alcune perle che mi interessano — diciamo — personalmente.
Anzitutto dalla documentazione di Tornielli risulta più che confermato il “fatto” a cui, su queste colonne, ho dedicato una lunga inchiesta, ovvero la mancata condanna esplicita del comunismo al Concilio Vaticano II, conseguente a un preventivo accordo fra alcuni uomini del Vaticano e Mosca (accordo che di fatto ha espropriato il Concilio delle sue prerogative). Tornielli aggiunge alla documentazione nota una lettera inedita del cardinale Tisserant, del 22 agosto 1962, che conferma tale “accordo” fatto sotto Giovanni XXIII. Nelle pagine di Tornielli c’è pure la conferma della scorrettezza regolamentare con cui poi, al Concilio, si impedì la votazione della richiesta di condanna del comunismo firmata da oltre 400 Padri conciliari. Infine l’autore rileva un ultimo fatto: «Curiosamente, la circostanza (di questo accordo Roma-Mosca del 1962, di cui c’è traccia esplicita anche in un appunto di Paolo VI, nda) è taciuta o bollata come “infondata” in molte ricostruzioni e nella più completa storia del concilio Vaticano II». Sarebbe il caso che questi storici dessero serie spiegazioni.
Mea culpa
A cogliere l’enormità del caso è stato il cardinale Biffi in un suo libro recente: «Il comunismo è stato senza dubbio il fenomeno storico più imponente, più duraturo, più straripante del secolo ventesimo; e il Concilio, che pure aveva proposto una costituzione “Sulla Chiesa nel mondo contemporaneo”, non ne parla… Il comunismo (ed era la prima volta nella storia delle insipienze umane) aveva praticamente imposto alle popolazioni assoggettate l’ateismo, come una specie di filosofia ufficiale e di paradossale “religione di Stato”; e il Concilio, che pur si diffonde sul caso degli atei, non ne parla. Negli stessi anni in cui si svolgeva l’assise ecumenica, le prigioni comuniste erano ancora tutti luoghi di indicibili sofferenze e di umiliazioni inflitte a numerosi “testimoni della fede” (vescovi, presbiteri, laici convinti credenti in Cristo); e il Concilio non ne parla. Altro che i supposti silenzi nei confronti delle criminose aberrazioni del nazismo, che persino alcuni cattolici (anche tra quelli attivi al Concilio) hanno poi rimproverato a Pio XII” (Memorie e digressioni, Cantagalli 2007).
Segreti e segretari
Il libro di Tornielli precisa anche il momento in cui Paolo VI lesse il famoso terzo segreto di Fatima. In un recente volume del cardinal Bertone si legge che Giovanni XXIII dopo averlo letto nel 1959 «lo rimandò al S. Uffizio». Quindi «Paolo VI lo lesse il 27 marzo 1965». Tornielli mostra che invece papa Montini lo lesse già il 27 giugno 1963, ma trovandolo nell’appartamento pontificio, e lo prova proprio con la testimonianza che monsignor Capovilla ha recapitato al cardinal Bertone per la presentazione del suo libro. Se papa Roncalli rispedì il testo al S. Uffizio nel 1959, quello che Paolo VI trovò nel 1963 nell’appartamento pontificio che testo era? Siccome è documentata, da Bertone, anche la lettura che Paolo VI fece del Segreto nel 1965, facendolo prendere proprio dagli archivi del S. Uffizio, molti ritengono che potessero essere due parti diverse del Terzo segreto, che risultano anche da altri elementi. C’è un’altra ipotesi: che esistessero due copie dello stesso segreto conservate in luoghi diversi. Infine, terza ipotesi, uno dei due potrebbe essere uno scritto di suor Lucia non ritenuto da Roncalli una rivelazione soprannaturale (a distanza di anni si potrebbe dirlo, così chiudendo definitivamente un caso). Possono esserci pure altre spiegazioni a noi ignote? Forse. Ma sono appunto ignote.

domingo, 21 de junho de 2009

Acordo com Santa Sé é polêmica no Congresso

O Globo, domingo, 14 de junho de 2009
Evandro Éboli

BRASÍLIA — Evangélicos e católicos estão em embate, dentro e fora do Congresso. No centro da discussão está o acordo assinado entre o governo brasileiro e a Santa Sé, em novembro de 2008. O documento, de 18 artigos, é tido por seus opositores como uma concessão de privilégios à Igreja Católica e uma ameaça à condição de Estado laico do Brasil. Para os defensores do texto, trata-se de um acordo entre dois Estados e a afirmação de princípios seculares. O texto precisa ser ratificado por Câmara e Senado.
O acordo prevê a criação do Estatuto Jurídico da Igreja Católica e tramita na Comissão de Relações Exteriores da Câmara, onde estão sendo travadas disputas ásperas. Os deputados evangélicos querem uma discussão ampla com líderes de outras religiões. Hidekazu Takayama (PSC-PR) quer debater com representantes das igrejas evangélicas, budistas, da Maçonaria, Protestante e da Seicho-no-ie. O clima esquentou na comissão.
— É um acordo entre dois Estados, não um debate religioso. Isso é uma perseguição pior que a Inquisição — atacou o católico Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).
Takayama reagiu: — Inquisitor é V. Excelência.
Texto do acordo trata de partrimônio a tributação
O acordo prevê a preservação do patrimônio histórico, artístico e cultural da Igreja Católica; estabelece que nenhum edifício, dependência ou objeto de culto católico pode ser demolido; trata do ensino religioso, do casamento, da destinação de espaço para celebrações da Igreja e da imunidade tributária. Para evangélicos, pesquisadores e algumas entidades não governamentais, como o CFemea — ONG feminista tradicional opositora dos católicos —, o estatuto amplia privilégios da Igreja Católica.
A professora Roseli Fischmann, do curso de pós-graduação de Educação da USP, estudiosa do tema, diz que o acordo eleva a Igreja Católica a um patamar oficialmente diferenciado das demais religiões no país:
— Como se trata da única religião com identidade jurídica, que é o Vaticano, a Igreja Católica tem o privilégio sim de assinar um acordo internacional, desses que nenhuma outra tem. E nem deveria ter. No Brasil, Estado e religião não podem se misturar como ocorre com esse estatuto. Não importa se a maioria da população brasileira é católica. Isso não vem ao caso. Não significa hegemonia.
O secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, diz que há um mal-entendido em relação ao Estatuto da Igreja Católica. Para o religioso, o acordo não fere a laicidade do Brasil por se tratar de um tratado entre dois Estados.
— Se fosse um projeto de lei, aí, sim, estaríamos diante de uma ingerência, de uma mistura não muito saudável entre Igreja e Estado. Mas é um acordo que, ao contrário do que dizem aqueles que se opõem a ele, reforça a condição de Estado laico do Brasil — disse dom Dimas.
Para o bispo, o acordo entre Brasil e Vaticano não concede privilégios à Igreja Católica, mas reconhece a personalidade jurídica da Igreja e confirma preceitos de dois mil anos.
O contra-ataque evangélico virá com a proposta da Lei Geral das Religiões, que será apresentada por George Hilton (PP-MG), ligado à Igreja Universal do Reino de Deus. É uma adaptação do Estatuto da Igreja Católica. Só que os benefícios são estendidos a todas as religiões.

Cidades se colorem para celebrar Corpus Christi

O Globo, sexta-feira, 12 de junho de 2009

Santana do Parnaíba em festa

Milhares de pessoas celebraram o feriado de Corpus Christi ontem na cidade de Santana do Parnaíba, na Grande São Paulo. Os fiéis participaram de missas e de uma procissão pelas principais ruas do centro histórico. A grande atração para moradores e turistas é o tapete confeccionado pelos fiéis. Com mais de 800 metros de extensão e 59 quadros, ele é feito com 72 metros cúbicos de serragem fina e grossa, tingida em 11 cores diferentes. Um dos quadros que se destacava [era] uma escultura de barro retratando a imagem de Jesus Cristo durante a via crucis.

Em todo o país, os católicos passaram a madrugada de ontem trabalhando na confecção dos tapetes. Em Sabará, Minas, as ladeiras de pedras dão um colorido especial à festa. Em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, os moradores montaram tapetes usando serragem, pétalas de rosas, restos de plástico, folhas verdes e tecidos. Alguns fizeram os tapetes com roupas que serão doadas a famílias que necessitam.

Santa Sede precisa que ordenaciones de lefebvristas son todavía ilegítimas

ACI, miércoles, 17 de junio de 2009

VATICANO — Ante el anuncio de la Fraternidad San Pío X (lefebvristas) de llevar a cabo algunas ordenaciones sacerdotales a fin de mes, la Oficina de Prensa de la Santa Sede emitió un comunicado en el que precisa que este grupo no tiene ningún estado canónico en la Iglesia, sus ministros no ejercen legítimamente ministerio alguno y por lo tanto las anunciadas ordenaciones son todavía ilegítimas.
En el comunicado sobre el mencionado anuncio de esta institución que agrupa a los seguidores de Marcel Lefebvre a cuyos cuatro obispos líderes el Papa Benedicto XVI levantó la excomunión en enero, se precisa que “basta recordar lo que afirmó el Santo Padre en su Carta a los Obispos de la Iglesia Católica del pasado 10 de marzo: ‘Hasta que la Fraternidad no tenga una posición canónica en la Iglesia, tampoco sus ministros ejercen ministerios legítimos en la Iglesia. (...) Hasta que las cuestiones relativas a la doctrina no se aclaren, la Fraternidad no tiene ningún estado canónico en la Iglesia, y sus ministros (...) no ejercen legítimamente ministerio alguno en la Iglesia’. Por tanto, esas ordenaciones son todavía ilegítimas”.
El comunicado recuerda también que “en la misma Carta, el Papa anunciaba su intención de dar un nuevo estatus a la Comisión Ecclesia Dei asociándola a la Congregación para la Doctrina de la Fe”.
“Hay razones para pensar que falta poco para ese nuevo estatus. Este hecho constituye la premisa para el inicio del diálogo con los responsables de la Fraternidad San Pío X de cara a la deseada aclaración de las cuestiones doctrinales y, por lo tanto, también disciplinarias, que todavía siguen abiertas”, concluye el texto.

Vaticano nega legitimidade a ordenações de grupo conservador

O Estado de S. Paulo — Online, quarta-feira, 17 de junho de 2009


Associated Press

Vaticano — Ordenações sacerdotais previstas por um grupo católico ultraconservador não serão válidas, mesmo depois de o papa Bento XVI ter suspendido a excomunhão dos líderes da organização, informou a Santa Sé nesta quarta-feira, 17.

O Vaticano emitiu declaração reiterando que a Sociedade de São Pio X ainda não tem status dentro da Igreja Católica e que seus sacerdotes não têm um ministério legítimo.

A Igreja considera as ordenações pela Sociedade “válidas mas ilícitas”. Elas são válidas porque Lefebvre era um bispo ordenado validamente dentro da Igreja Católica, e portando dotado do poder de ordenar outros. Mas como estava suspenso desde 1976, ele não tinha autoridade papal para consagrar novos bispos, o que significa que as consagrações foram ilícitas, ou ilegais, aos olhos da Igreja.