sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Padre celebridade


O Globo, domingo, 8 de fevereiro de 2009

Gente Boa / Joaquim Ferreira dos Santos


A Igreja considerou “excessiva” a exposição de padre Antonio Maria na mídia e o transferiu para longe dos holofotes, numa cidade no interior do México. O padre era figura fácil nas revistas de celebridade e em programas como o de Hebe Camargo. Outros padres-celebridade correm risco.

TJ do Rio faz cruzada em defesa do crucifixo

O Estado de S. Paulo, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Wilson Tosta

Desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça fluminense deixaram de lado ontem, por alguns minutos, as questões jurídicas às quais estão habituados para debater a iniciativa do novo presidente do TJ, Luiz Zveiter, de retirar da sala de sessões um crucifixo e de substituir a capela católica por um espaço ecumênico. Magistrados que não apoiaram Zveiter na disputa pela presidência contestaram a decisão e pediram a volta do adorno e o fim do novo templo ou que as medidas no campo religioso, anunciadas na semana passada, fossem submetidas ao voto da cúpula do Judiciário.

Zveiter — que defendeu a decisão alegando o caráter laico (sem religião) do Estado e presidia a primeira sessão da sua gestão — não aceitou nenhuma das propostas e manteve as medidas.

No início da sessão, o desembargador José Motta Filho, que declarou não ter votado em Zveiter, referindo-se ao crucifixo retirado, pediu a volta de “um amigo que ficava aqui de braços abertos, não recebe salário, não usa assessor, não usa carro, não gasta combustível” ou o fim do espaço ecumênico, já que o Estado é laico. Zveiter interpretou as declarações como críticas aos juízes, devido às reclamações contra vantagens do Judiciário, e rebateu: “Vossa Excelência foi descortês”, disse.

Motta Filho teve apoio dos desembargadores Galdino Siqueira, que também declarou não ter votado em Zveiter, e Paulo Ventura, candidato derrotado à presidência. Já Zveiter foi apoiado pelos desembargadores Roberto Wider, Sérgio Cavallieri e Letícia Sardas. Encerrada a polêmica, a sessão transcorreu normalmente.

Curiosamente, com as mudanças “laicas”, a religião ganhou mais espaço no TJ. Em lugar da antiga capela católica — uma sala de cerca de 30 metros quadrados —, o espaço ecumênico tem 150 metros quadrados. Já ganhou um crucifixo, mas sem imagem do Cristo — o uso de imagens é vetado em algumas crenças, como as evangélicas e a muçulmana.

Na nova capela haverá cultos evangélicos às quartas-feiras e missas católicas às quintas, das 10h às 11h. Outras religiões poderão usar o espaço em outros dias. A capela ficará aberta ao público todos os dias, das 11h às 18h, para orações e meditação.

Retirada de crucifixo provoca polêmica no TJ

O Globo, sábado, 7 de fevereiro de 2009


Ediane Merola

Espíritas, evangélicos e judeus gostaram da notícia. Mas os católicos acham que poderia ser reavaliada a decisão do novo presidente do Tribunal de Justiça (TJ) do Rio, Luiz Zveiter, que mandou retirar o crucifixo que estava na sala do Órgão Especial.

Zveiter, que é judeu, também desativou a capela que havia no andar da presidência do tribunal e, conforme noticiou ontem Ancelmo Gois em sua coluna no Globo, criou um espaço ecumênico, com capacidade para 97 pessoas sentadas, que funcionará a partir da próxima semana.

Zveiter, que tomou posse na terça-feira, disse que foi retirado apenas o crucifixo do Órgão Especial, pois no local atuam 25 desembargadores e cada um segue uma fé diferente. De acordo com ele, os juízes dos tribunais continuam com autonomia para manter ou retirar as imagens referentes à sua religião.

— Sou judeu de origem, mas pratico o espiritismo. Sou kardecista. O Poder Judiciário é laico, mas seus membros têm que ter sua fé. E nós estimulamos isso — disse Zveiter.

Presidente da Congregação Espírita Umbandista do Brasil e uma das fundadoras da Comissão Contra a Intolerância Religiosa, que reúne integrantes de diversas entidades no Rio, Fátima Damas diz que as mudanças no Fórum eram uma reivindicação antiga, apesar de nunca ter sido feito um pedido formal de retirada dos crucifixos:

— Agora sim vão começar a fazer justiça de verdade. Acho ótima a decisão. Mas na capela ecumênica eles terão que botar um símbolo de cada religião ou não vão poder exibir nada. Na Uerj, por exemplo, a capela é ecumênica, mas tem um crucifixo, apenas. Na semana que vem, irei ao Centro do Rio e visitarei o Tribunal de Justiça.

A capela já está montada e nela foi pregada uma cruz, sem a imagem de Cristo. Para o advogado Paulo Leão, que preside a Associação dos Juristas Católicos e fala em nome da Arquidiocese do Rio, ter um local maior para a prática da religiosidade é saudável, mas a decisão de retirar o crucifixo do Órgão Especial poderia ser reavaliada pelos desembargadores:

— Temos que ficar atentos para a medida não ficar na linha da intolerância religiosa. O tema merece reflexão.

Guerra santa nos ônibus de Londres

O Globo, sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009


Fernando Duarte

Londres — Uma associação entre propaganda e ideologia bem mais explícita do que sugerem os teóricos da comunicação tomará conta dos ônibus de Londres a partir de segunda-feira: numa reação contra a campanha da Associação Humanista Britânica, que recentemente comprou espaço publicitário em diversos veículos de transporte público da capital para defender o ateísmo, um grupo de entidades religiosas iniciará na semana que vem uma campanha em resposta, para ser vista por milhões de passageiros e transeuntes.

A polêmica teve início no mês passado, quando vários ônibus londrinos começaram a carregar outdoors com a frase “Deus provavelmente não existe, então pare de se preocupar e curta sua vida”. Agora, a união entre a Igreja Ortodoxa, o Partido Cristão e a Trinitarian Bible Society pretendem pagar na mesma moeda, com cartazes em cerca de 800 ônibus com slogans adaptados para cada entidade, mas invariavelmente defendendo a existência de Deus.

Ferir com ferro foi a alternativa encontrada após a Advertising Standards Authority, órgão que regula a publicidade no Reino Unido, ter negado pedido de entidades religiosas para suspender a veiculação das mensagens ateístas. A alegação era de que os humanistas não podem provar que Deus não existe. A trindade em defesa da religião verá suas mensagens em 20 vezes mais ônibus do que os da campanha ateísta — cujo principal financiador é o cientista e escritor Richard Hawkins, autor de diversos livros de defesa do secularismo. A conta de mais de US$ 200 mil está sendo paga com dinheiro de doações especiais para a causa.

Indulgência volta à voga na Igreja Católica

Folha de S. Paulo, quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009


The New York Times; tradução de Clara Allain

O anúncio em boletins e sites da Igreja Católica vem sendo saudado com entusiasmo por alguns e cautela por outros. Mas passou em branco para uma grande geração de católicos que não fazem ideia do que significa: Bispo anuncia indulgências plenárias. Nos últimos meses, dioceses em todo o mundo vêm oferecendo aos católicos um benefício espiritual que saiu de moda há décadas — a indulgência, uma espécie de anistia da punição na vida após a morte.

O fato de que muitos católicos de menos de 50 anos nunca ouviram falar em indulgências exceto nas aulas de história europeia que tiveram no colégio (em que Martinho Lutero denunciou a venda de indulgências em 1517, deslanchando a Reforma protestante), simplesmente torna sua reintrodução mais urgente, na opinião de líderes da igreja determinados a restaurar as tradições perdidas da penitência num mundo que veem como sendo demasiado satisfeito consigo mesmo. “Por que estamos trazendo a indulgência de volta?”, indagou o bispo Nicholas A. DiMarzio, do bairro do Brooklyn (Nova York), que aderiu à ideia. “Porque existe pecado no mundo.”

Como a missa em latim e as sextas-feiras sem carne, a indulgência foi uma das tradições separadas da prática da maioria católica nos anos 60 pelo Concílio Vaticano 2º, a reunião de bispos que determinou um novo tom de simplicidade e informalidade para a igreja. Sua retomada vem sendo vista como parte de um ressurgimento conservador.

Oferta em alta

A volta das indulgências começou com o papa João Paulo 2º, que em 2000 autorizou os bispos a oferecê-las como parte das celebrações do terceiro milênio da igreja. Mas a oferta tem crescido sob seu sucessor, Bento 16, que incluiu a concessão de indulgências plenárias nas festas do aniversário da igreja nove vezes em três anos.

A oferta atual está ligada à celebração de são [sic, em minúscula] Paulo, que dura um ano, até junho. Fazer os católicos voltarem ao confessionário foi uma das motivações que levou à reintrodução das indulgências.

“As confissões vêm diminuindo há anos, e a igreja está muito preocupada com isso”, disse o jesuíta Tom Reese, ex-editor do semanário Catholic Magazine America.

Numa cultura secularizada de psicologia pop e autoajuda, disse ele, “a igreja quer pôr a ideia do “pecado pessoal” de volta na equação. As indulgências são uma maneira de lembrar aos fiéis a importância da penitência”. “A boa notícia é que não as vendemos mais”, acrescentou.

“A ideia da indulgência perdeu força, juntamente com muitas outras coisas na igreja”, disse o bispo DiMarzio. “Mas nunca foi abandonada. Estava sempre ali. Queremos só que as pessoas retornem às ideias que conheciam no passado.”

Il vescovo di Pechino, il Vaticano e i compromessi con l’Associazione Patriottica

Asia News, martes, 3 de febrero de 2009


di Bernardo Cervellera

A poco più di un anno dall’ordinazione del loro attuale vescovo, i cattolici di Pechino sono divisi sulla stima verso di lui, e crescono sempre più coloro che lo accusano di essere un traditore della Chiesa di Roma.

Monsignor Giuseppe Li Shan, 44 anni, è stato ordinato il 21 settembre del 2007 con l’approvazione del papa. Ma, in carica da poco più di un anno, il suo atteggiamento verso il Vaticano sembra essere cambiato. I cattolici dicono che colui che era giunto per sostituire il vescovo patriottico Michele Fu Tieshan, morto un anno prima, cammina a grandi passi verso una ripresa del patriottismo e dell’autonomia dalla Santa Sede.

I fedeli sono infatti sbalorditi dal suo modo di fare e dai suoi discorsi che sembrano sempre più scivolare in un servilismo totale verso l’Associazione Patriottica, il cui scopo è edificare e controllare una Chiesa cattolica cinese indipendente da Roma.

Vescovo e servo del potere

Alcuni suoi discorsi, in particolare, sono molto rivelatori. Il primo è stato tenuto il 25 novembre scorso durante un corso di formazione per sacerdoti e fedeli. Il vescovo ha esordito lodando i progressi avuti dalla Chiesa grazie ai trent’anni di riforme di Deng Xiaoping. E già l’utilizzare un corso di formazione alla fede per tributare un omaggio alle modernizzazioni di Deng è parsa ai fedeli una “tassa pagata al potere politico”. Ma il seguito è stato ancora più sconcertante. In esso monsignor Li Shan ha difeso l’operato del suo predecessore, monsignor Fu, per aver “iniziato la gloriosa tradizione di amare la patria e amare la Chiesa” e per averla diffusa nella diocesi di Pechino. Lo slogan “amare la patria, amare la Chiesa” è proprio lo slogan dell’Associazione Patriottica, che vuole sottomettere la vita della Chiesa all’obbedienza al partito comunista.

Quella triste vigilia di Natale

Un altro discorso simile al precedente è stato tenuto da monsignor Li Shan alla vigilia di Natale del 2008. Alle 7 di sera egli ricevette la visita di Ye Xiaowen, direttore dell’amministrazione statale per gli affari religiosi, di Zhou Ning, direttore della seconda sezione del Fronte Unito, di Tong Genzhu, viceministro del dipartimento centrale del Fronte Unito, e di tanti altri, tra i quali il vicesindaco di Pechino Niu Youcheng.

Anche in questa occasione i fedeli sono rabbrividiti. Monsignor Li Shan — che sembrava dover finalmente concludere l’epoca di Fu Tieshan che, asservito al partito, sempre rifiutò la riconciliazione con la Santa Sede — ha ringraziato il governo di Pechino per l’aiuto e il sostegno su ogni aspetto della vita della Chiesa, assicurando che essa continua a tenere alta la bandiera di “amare la patria e amare la chiesa”, e a seguire la strada di “indipendenza e di autogestione della Chiesa” [da Roma], cercando di rendere la Chiesa Cattolica un modello nella costruzione della società armoniosa.

In tutti questi discorsi e pronunciamenti, il tono e gli slogan usati sono caratteristici proprio del linguaggio del partito e del periodo più radicale del comunismo in Cina, quello della Rivoluzione Culturale. I fedeli si stupiscono e si domandano come mai, in poco tempo, il loro pastore si sia trasformato in una Guardia Rossa, mostrando un servilismo verso il potere ancora più spinto di quello del suo predecessore.

Il Papa: l’AP è “inconciliabile con la dottrina cattolica”

L’AP, fondata nel 1958, da mezzo secolo tenta in tutti i modi di dividere la Chiesa, ordinando vescovi senza l’autorizzazione del papa. Negli anni passati molti vescovi della Chiesa patriottica hanno poi domandato perdono per la loro situazione di distacco, e grazie alla magnanimità di Giovanni Paolo II e poi di Benedetto XVI, si sono riconciliati con la Santa Sede. Nel gennaio del 2007, lo stesso Vaticano aveva annunciato che la “quasi totalità” dei vescovi ufficiali riconosciuti dal governo sono ormai in comunione piena anche con la Santa Sede.

La lettera pubblica di Benedetto XVI ai cattolici cinesi del 30 giugno 2007 riaffermava questa forte comunione. Ma metteva anche in luce che l’AP è una struttura contraria alla fede cattolica, avvertendo che “attuare i principi di indipendenza, autonomia, autogestione e amministrazione democratica della Chiesa è inconciliabile con la dottrina cattolica”.

Che il vescovo di Pechino, ordinato con l’approvazione del papa, si sia messo a difendere ciò che è “inconciliabile” con la Chiesa cattolica è quindi una grossa sconfitta per il Vaticano. In un blog tenuto da alcuni fedeli si parla di monsignor Li Shan come di una “bomba ad orologeria” che va a colpire la Chiesa di Roma..

La timida lettera del Cardinale Bertone

Per tenere uniti i vescovi e frenare l’influenza dell’AP, il 22 aprile 2008 il Vaticano ha inviato una lettera a tutti i vescovi cinesi in comunione con Roma. La lettera, con la firma del segretario di stato, cardinale Tarcisio Bertone, ha impiegato mesi per essere recapitata personalmente a tutti i circa 90 vescovi della Chiesa ufficiale e sotterranea. Alcuni di loro l’hanno ricevuta solo nel dicembre del 2008.

In essa il cardinale Bertone richiama “i principi fondamentali della fede cattolica” e ricorda il valore della comunione dei vescovi col papa e fra di loro. Per questo egli, a nome del pontefice, domanda a tutti i prelati di “esprimere con coraggio il proprio ufficio di pastori”, promuovendo la natura cattolica della Chiesa e cercando di ottenere maggiore libertà di attività dalle autorità civili attraverso un dialogo diretto e rispettoso. Il cardinale spinge i vescovi ad “agire insieme”, richiedendo il diritto di incontrarsi come gruppo e di poter discutere in libertà dei loro problemi, senza interventi esterni. E infine suggerisce ai pastori di trovare “una posizione corretta da adottare riguardo a quei corpi a cui si riferisce la sezione n. 7 del documento papale”. Il riferimento è proprio all’AP e al suo concetto di Chiesa indipendente e autogestita.

Il timore di molti cattolici, ufficiali e sotterranei, è che mancando indicazioni più precise ed incisive da parte della Santa Sede, i vescovi ufficiali si lascino trasportare dagli eventi e da interpretazioni personali della lettera del papa, piegandosi a compromessi.

Un sondaggio tra i vescovi cinesi

Nei mesi scorsi, a oltre un anno dalla lettera del papa ai cattolici cinesi, Asia News ha svolto un’inchiesta fra i vescovi della Cina per sapere come accolgono e applicano le indicazioni di Benedetto XVI. Alcune risposte sono stupefacenti. Da un lato diversi vescovi elogiano il valore della lettera e dell’insegnamento del pontefice, che spinge all’unità con lui e fra di loro. Dall’altro essi sembrano non essere scossi per nulla dal fatto che il documento definisca i programmi e la politica dell’AP come “inconciliabili” con la dottrina cattolica.

Così, nelle risposte, diversi vescovi ufficiali si sono sciolti in elogi sperticati dell’Associazione, del suo “aiuto alla Chiesa” e “ai bisognosi”, del suo “prendersi cura della religione”. Alcuni vescovi della Cina centrale giungono perfino ad affermare che l’AP “è tutt’uno con la Chiesa”.

Il Cardinale Zen: niente più compromessi

In questa situazione ambigua e ingarbugliata, è emersa la voce chiarificatrice e netta del cardinale Joseph Zen Zekiun, di Hong Kong, che ha domandato a vescovi e preti della Chiesa ufficiale di essere più coraggiosi e di non cedere a compromessi con il regime.

In un articolo nell’edizione del 4 gennaio 2009 del settimanale diocesano Gong Jiaobao (tradotto poi anche nel settimanale in inglese Sunday Examiner) egli esorta vescovi e sacerdoti cinesi ad imitare le virtù di santo Stefano, il primo martire cristiano, e a non sottostare più ai comandi dello stato contrari alla fede. L’articolo porta il titolo: Ispirazione dal martirio di santo Stefano e in esso il cardinale Zen fa un’analisi della vicenda della Chiesa cattolica in Cina negli ultimi due anni, a partire dalle ordinazioni episcopali illecite del 2006, alle quali presero parte anche una decina di vescovi riconosciuti dal Vaticano, per paura o perché ingannati.

Zen ricorda poi il “raggio di speranza” brillato nel 2007 con un incontro in Vaticano sulla Chiesa in Cina e soprattutto con la diffusione della lettera di Benedetto XVI ai cattolici cinesi. Il vescovo di Hong Kong sottolinea che, nella lettera, il papa afferma che l’Associazione Patriottica cinese ha dei fini contrari alla fede cattolica e aggiunge che è proprio l’AP la “causa maggiore di tutti i problemi della Chiesa in Cina”.

A questo proposito, il cardinale si scaglia contro alcune interpretazioni della lettera fatte in particolare dal missionario Jerome Heyndrickx, secondo cui sarebbe finita l’era della Chiesa sotterranea e tutti i suoi vescovi dovrebbero entrare nella Chiesa ufficiale. In realtà, afferma il cardinale, il papa “ammira la loro fedeltà senza cedimento e li incoraggia a perseverare”, come testimoniato da un discorso di Benedetto XVI all’Angelus della festa di santo Stefano del 2006. 

Obispos constatan las heridas abiertas del comunismo en Europa del Este

Zenit, miércoles, 11 de febrero de 2009

Zagreb — Las heridas causadas por el comunismo siguen presentes y envenenan la vida y la sociedad de los países que anteriormente sufrían tras el Telón de Acero. Así lo reconocen en un mensaje lanzado los obispos de los países de Europa del Este, reunidos hasta este miércoles en Zagreb (Croacia). Se trata de la tercera reunión de este tipo desde la caída del Muro en 1989. Las anteriores se celebraron en Budapest (2004) y Praga (2007).

La fecha se eligió para coincidir con el aniversario de la beatificación del cardenal Alojzije Stepinac por parte de Juan Pablo II, y gran parte de los trabajos de la reunión giraron en torno a la figura y al legado espiritual de este y tantos otros mártires del comunismo.

En su intervención, durante la homilía de clausura del encuentro, el cardenal Bozani comparó la fe de Stepinac y de tantos otros mártires del comunismo con el “grano que muere para dar fruto”.

El comunismo sigue presente

Sin embargo, advirtió el purpurado, “tenemos la impresión de que aunque el sistema acabó de funcionar en sus formas precedentes, se ha transformado presentándose como suelo envenenado en que debería haber brotado el fruto”.

De hecho, una de las cuestiones que más preocupa a los prelados es que a pesar de la caída del comunismo, “su estructura ha permanecido en la legislación y en el poder judicial, en la economía, en la educación y en la cultura”, y especialmente, “en el velo de silencio que se ha impuesto sobre los acontecimientos del pasado reciente”.

“¿Cómo explicar que, a veinte años de su caída, la verdad no consigue echar raíces?”, se pregunta el purpurado, afirmando que en Croacia, por ejemplo, se evita hablar sobre Stepinac

“Los ‘hijos de la mentira’ han recogido los trozos del Telón y con ellos esconden y nublan la verdad sobre los hechos, tanto sobre los individuos como sobre determinadas instituciones. Algunos, con los restos del telón, siembran la semilla de la división y de la confusión”.

La verdad, admite el purpurado, “es que el Telón ha caído, que el sistema se ha roto, pero que los pedazos son muy resistentes y se manifiestan en formas de promoción de las mismas falsedades no sólo a través de la política y de la relación con el pasado, sino también con la educación, la ciencia y la instrucción”.

Il dossier segreto del Papa: Ratzinger vede una regia dietro il caso Williamson

Il Riformista, martedì, 3 febbraio 2008


di Paolo Rodari

Si chiama “dossier Richard Williamson” e gira da qualche giorno nei sacri palazzi vaticani. Alcune pagine fitte che vogliono spiegare nei minimi dettagli come sia potuto accadere che la notizia della revoca della scomunica ai quattro vescovi lefebvriani firmata dalla Congregazione dei Vescovi lo scorso 21 gennaio e resa nota il 24, si sia tramutata in un boomerang per Papa Benedetto XVI a motivo delle dichiarazioni negazioniste sull’Olocausto rilasciate da uno dei quattro presuli, appunto Williamson.

Il dossier, che sta girando in questi giorni nelle alte sfere della curia romana e che il Riformista è riuscito ad avere, riporta date e fatti e arriva a ipotizzare che, dietro la scelta della tv pubblica svedese Svt di mandare in onda il 21 gennaio l’intervista al presule britannico che tante reazioni negative ha destato, vi sia stata una regia occulta volta a screditare Benedetto XVI. Una regia che ha agito fuori le mura vaticane grazie anche all’aiuto di qualcuno dentro, qualcuno scontento delle aperture del Pontefice agli scismatici-tradizionalisti.

In sostanza, il dossier prova a spiegare come sia accaduto che un atto di «paterna misericordia» — così una nota della Sala Stampa vaticana ha presentato il 24 gennaio il decreto di revoca della scomunica voluto da Ratzinger e firmato dal cardinale Giovanni Battista Re — e che non significa assolutamente il reintegro dei lefebvriani alla piena comunione con Roma quanto un incipit per eventuali progressi in merito — sia stato interpretato da più parti come una decisone tramite la quale il Papa riammetteva nella Chiesa cattolica un gruppo di fedeli antisemiti e negazionisti sulla Shoah.

Il dossier parla di date. Innanzitutto quella del primo novembre. Fu quel giorno, infatti, che il giornalista Ali Fegan della tv svedese intervistò Williamson. Gli chiese lumi riguardo ad alcune dichiarazioni negazioniste sulla Shoah da lui rilasciate anni addietro in Canada. E il presule rispose come tutti sanno: «Le camere a gas non sono mai esistite» e gli ebrei uccisi non furono più di trecentomila. Parole deprecabili — il dossier non lo nasconde — ma non è questo il punto. Ciò che il dossier vuole dimostrare è che la tv svedese, influenzata da un suggeritore, ha voluto strappare a Williamson le dichiarazioni che conosciamo sulla Shoah in modo da usarle a tempo debito e cioè tre giorni prima l’uscita della notizia della revoca della scomunica, appunto il 21 gennaio, lo stesso giorno in cui il decreto di revoca veniva fatto pervenire a Econe sulla scrivania del superiore generale della Fraternità San Pio X (FSPX) monsignor Bernard Fellay.

Il dossier ipotizza che chi ha suggerito a Fegan di domandare a Williamson qualcosa circa l’Olocausto (ricordandogli che il presule ne aveva parlato anni prima in Canada) sia stata una giornalista francese, Fiammetta Venner. Chi è costei? È una nota attivista del movimento omosessuale francese, e anche di quello abortista e laicista. È un’assidua relatrice dei convegni sulla laicità del Grande Oriente di Francia. La Venner, che lo scorso settembre in concomitanza del viaggio del Papa in Francia aveva mandato alle stampe un volume firmato assieme alla sua compagna Caroline Fourest e significativamente intitolato Les Nouveaux Soldats du pape. Légion du Christ, Opus Dei, traditionalistes, è intervenuta nell’ampio documentario dedicato ai lefebvriani all’interno del quale la tv svedese ha mandato in onda anche l’intervista a Williamson. Qui la giornalista — oltre il Tevere gli estensori del dossier giurano che la cosa non è casuale — ha accusato la FSPX di connessioni con l’ambiente politico dell’estrema destra francese, aprendo di fatto la strada alle successive accuse di fascismo e antisemitismo.

Secondo quanto ipotizza il dossier, sarebbe in Francia, ovvero nel paese dove il “cancro” lefebvriano si è maggiormente sviluppato aprendo ferite nella società e nella Chiesa oggi ancora non rimarginate, che è nata la volontà di screditare Benedetto XVI nel momento in cui prendeva una delle decisioni più dirompenti del suo pontificato. Una volontà di screditare il Papa e, quindi, di bloccare il già difficile processo di riavvicinamento dei lefebvriani alla Chiesa.

Nei giorni scorsi, il giornale tedesco Der Spiegel si è spinto sino a ipotizzare che i responsabili delle comunità ebraiche più importanti del mondo, tra queste «il Consiglio Centrale degli ebrei in Germania», fossero «stati informati» in precedenza delle dichiarazioni negazioniste del vescovo ma non abbiano voluto manifestare la propria contrarietà per intervenire contro il Papa soltanto successivamente, a cose fatte. Il dossier vaticano non ritiene fondati gli argomenti di Der Spiegel e non li cita, ma mette in luce aspetti controversi di una vicenda che oggi, una settimana e mezzo dopo la firma della revoca della scomunica, è ancora di là dall’essere risolta.

Bispo antissemita é expulso de seminário

O Globo, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Buenos Aires — O religioso ultraconservador que provocou uma crise entre o Vaticano e o governo alemão foi expulso ontem da direção de um seminário na Argentina. Richard Williamson, que integra um grupo reacionário católico e nega o Holocausto, foi destituído do cargo que ocupava na cidade de La Reja, na periferia de Buenos Aires.

A medida ocorreu dias depois de ele ter se recusado a voltar atrás em suas declarações sobre o genocídio de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, apesar de uma ordem da Santa Sé.

“As declarações do monsenhor Williamson não refletem a posição da nossa congregação”, afirmou em nota o padre Christian Bouchacourt, líder da Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX) na América do Sul. “Um bispo católico não pode falar com autoridade eclesiástica sobre assunto que não seja concernente à fé e à moralidade.”

‘O Papa decepcionou judeus e muçulmanos’

O Globo, domingo, 8 de fevereiro de 2009

Graça Magalhães-Ruether

Berlim — O teólogo suíço Hans Küng, de 80 anos, ex-colega de Joseph Ratzinger no Departamento de Teologia da Universidade de Tübingen, nos anos 60, disse que as últimas decisões do Vaticano causaram um dano quase irreparável para a Igreja Católica. Em entrevista ao Globo, Küng afirmou que não foi por mal-entendido que Bento XVI reabilitou os bispos que negam o Holocausto e que Ratzinger sempre teve uma simpatia pelas tendências ultraconservadoras da Igreja. Para ele, os danos serão notados até no Brasil, onde a perda de credibilidade poderá causar uma escassez ainda maior de padres. Küng é presidente da Fundação Ética Mundial, que promove o estudo de relações interreligiosas, com sede na Alemanha.

— Na sua opinião, o Papa foi ingênuo ao suspender a excomunhão dos bispos?

— Ele não foi ingênuo e não se trata também de um mal-entendido, nem de um erro de comunicação. O Papa decepcionou agora os judeus da mesma forma que fizera antes com os muçulmanos. Já em consequência da sua origem bávara, ele sempre teve um devocionismo católico. As últimas decisões do Vaticano causaram um dano quase irreparável para a Igreja Católica.

— No início do seu pontificado, Bento XVI parecia ter deixado de ser reacionário. O que mudou?

— Eu acho que ele decepcionou o mundo católico. Eu também me decepcionei. Pouco depois do conclave, em 2005, eu tive com Bento XVI uma conversa de quatro horas em Castel Gandolfo. A minha impressão foi muito positiva. Pensava que se tratava do início de uma nova era. Mas depois não vi mais nenhum sinal por parte dele que indicasse que queria renovar a igreja. Vimos apenas um retorno ao passado, a volta da missa em latim, as orações pela iluminação dos judeus da Sexta-Feira Santa e agora essa reabilitação de bispos que têm posições contra os judeus.

— O senhor é a favor de uma possível renúncia do Papa Bento XVI?

— Teoricamente, uma renúncia seria possível. Alguns jornais chegaram a divulgar que eu havia exigido a renúncia, mas isso não é verdade. Eu exigi apenas uma correção da política do Vaticano.

Papa em baixa

O Globo, sábado, 7 de fevereiro de 2009

O nível de popularidade de Bento XVI registrou uma forte queda na Alemanha, sua terra natal, desde que Joseph Ratzinger se tornou Papa, segundo uma pesquisa divulgada ontem pelo instituto Infratest. Há quatro anos, 68% dos alemães se mostravam satisfeitos ou muito satisfeitos com Ratzinger. Hoje, a aprovação caiu para 42%. O resultado segue a polêmica criada depois de que o Pontífice suspendeu a excomunhão do bispo britânico ultraconservador Richard Williamson, que nega a existência do Holocausto. Ontem, num gesto raro, o Vaticano confirmou que Bento XVI pretende visitar a Alemanha em 2010.

Papa pede que Brasil rejeite o aborto e elogia ações sociais


Folha de S. Paulo, terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Ao receber ontem o novo embaixador brasileiro junto à Santa Sé, Luiz Felipe Seixas, o papa Bento 16 elogiou ações sociais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e voltou a condenar o aborto — tema que gerou polêmica durante sua visita ao país, em maio de 2007.

O papa citou a política de distribuição de renda do governo brasileiro, dizendo que ela facilitou um “maior bem-estar” da população. Bento 16 também afirmou que o Brasil é “um fator de estímulo para o desenvolvimento dos países da região”. O pontífice elogiou ainda a política externa brasileira, por ser a favor da paz no mundo e contra a pobreza na África.

Bento 16 disse que a “pobreza moral”, assim como a pobreza material, afeta a “estrutura vulnerável” da sociedade brasileira. Por isso, o pontífice pediu que o governo brasileiro ofereça uma “sólida formação moral”, inclusive em nível político.

O papa condenou o aborto e exigiu o respeito à vida: “Espero que se continue a fomentar e divulgar valores humanos fundamentais, sobretudo quando se trata de reconhecer de maneira explícita a santidade da vida familiar e a salvaguarda do futuro bebê, desde o momento de sua concepção até seu declínio natural”, disse ele.

A afirmação foi também uma referência indireta ao caso da italiana Eluana Englaro, 38, em estado vegetativo havia 17 anos, cuja família conseguiu na Justiça o direito de suspender a nutrição e hidratação que a mantinham viva. O papa se manifestou nos últimos dias a favor das tentativas de impedir a eutanásia. Ela morreu ontem, horas depois do encontro.

Ao falar do aborto, o papa retomou a polêmica de sua viagem ao Brasil, dois anos atrás. Nas vésperas da visita do pontífice, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendeu que a discussão sobre a descriminalização do aborto precisava ser examinada pelo viés da saúde pública. Temporão chegou a criticar o papa: disse que era “descabido” seu apoio a bispos mexicanos que queriam excomungar políticos que votaram a favor da legalização do aborto no país.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Padre renova polêmica com judeus

O Globo, sexta-feira, 30 de Janeiro de 2009


Treviso — Um padre membro da mesma corrente reacionária católica dos bispos que recentemente tiveram a excomunhão revogada pelo Papa Bento XVI afirmou ontem que as câmaras de gás nos campos de concentração nazistas serviram para desinfetar judeus, mas não necessariamente os mataram.

A afirmação ocorreu numa entrevista em que o padre Floriano Abrahamowicz, líder da Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX) no nordeste da Itália, defendia o bispo britânico Richard Williamson, que negou o Holocausto de milhões de judeus na semana em que foi perdoado pelo Pontífice.

“Não sei se as vítimas morreram com gás ou por outros motivos. Sei que as câmaras de gás existiram pelo menos para desinfetar (as pessoas), mas não sei dizer se também mataram, já que não me aprofundei no tema”, declarou Abrahamowicz ao jornal La Tribuna, de Treviso.

“Se monsenhor Williamson tivesse negado o genocídio de 1,2 milhão de armênios por parte dos turcos, não teriam falado tanto”, disse o padre italiano

Merkel cobra Bento 16 sobre holocausto


Folha de S. Paulo, quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009


A chanceler alemã Angela Merkel exigiu ontem que Bento 16 “deixe definitivamente claro” que o Vaticano não permite a negação histórica do Holocausto. Ela reagia à decisão do papa de rever a excomunhão, por fazer parte de grupo ultraconservador dissidente, do bispo Richard Wilkinson.

Teólogo pede renúncia do papa após reabilitação de bispo que negou Holocausto


Folha de S. Paulo Online, sábado, 31 de janeiro de 2009

Efe

Berlim — O teólogo heterodoxo suíço Hans Küng pediu a renúncia do papa Bento 16 após o escândalo gerado pela reabilitação à Igreja Católica do bispo Richard Williamson, que nega o Holocausto e recentemente teve sua excomunhão suspensa.

Para Küng, a reabilitação de Williamson é apenas um equívoco a mais na série de erros com os quais Bento 16 vem pondo novos obstáculos no diálogo que as Igrejas cristãs travam entrem si e com outras religiões.

“É hora de substituí-lo”, acrescentou Küng, que foi companheiro do papa quando ambos eram professores de teologia católica na Universidade de Tübingen.

Cardinal calls for review of the decision to lift excommunications

Catholic Church Conservation, Thursday, February 05, 2009


The Vatican and the Nazi scandal — a wave of indignation runs through Germany!

Bild.de spoke with the Berlin Archbishop Cardinal George Sterzinsky.

Bild.de — Cardinal, the Pope is currently in the sharp criticism — is this justified?

Cardinal Sterzinsky — In any case, it is understandable. The decision from Rome, to lift the excommunication of the four bishops of the SSPX is for the vast majority of people incomprehensible and appalling.

— What should happen now?

— At the very least now, that it will immediately be said, that this decision must be reviewed. According to my perception, a different result would be expected to come out.

— Do you think it is possible that the Vatican was not informed about the confused Williamson theses?

— No. In Rome you cannot pretend that you could not know. I am not among those who had much particular interest in the four bishops. But that was familiar to me because it has been said again and again.

— Would you recommend the Pope to offer an apology?

— A clarification would be helpful.

Cardeal critica Vaticano no caso de bispo que negou Holocausto


O Estado de S. Paulo, terça-feira, 3 de fevereiro de 2009


Efe

Cidade do Vaticano — O cardeal Walter Kasper, encarregado das relações com os judeus, afirmou que o Vaticano geriu mal a reabilitação dos quatro bispos lefebvrianos, um dos quais negou o Holocausto, “sem ter em conta de onde poderiam surgir os problemas.”

Kasper se manifestou em uma entrevista ao programa alemão da Rádio Vaticano, em que disse que os quatro bispos tradicionalistas “ainda não estão” em plena comunhão com a Igreja de Roma. Kasper falou de “erros de gestão” e disse que “ninguém pode estar satisfeito com esses equívocos.”

Regensburg Bishop: All four SSPX bishops should resign and the SSPX seminary should close

Catholic Church Conservation, Wednesday, February 04, 2009


Nachrichten auf ZEIT ONLINE

The Regensburg Bishop Gerhard Ludwig Mueller about the prohibition of the Holocaust denier, Williamson in his diocese, and what he wants from the Society of St Pius X:

Zeit Online — The lifting of the excommunication of the Bishop and Holocaust denier Williamson will continue to cause protest. Surely Pope Benedict knew about this beforehand?

Bishop Gerhard Ludwig Müller — Outwardly the Pope bears the responsibility. But critical for a lifting of excommunication is the internal process, the work of the committees. I do not believe that the Pope knew about the views of Bishop Williamson knew. Pope Benedict, in a generous gesture opened his arms

— What do you expect now from the bishops of the SSPX?

— The four bishops of the SSPX should all resign and in political and no longer comment on ecclesiastical policy issues. They should lead an exemplary life as a simple priest and chaplain as part of the reparation for the damage that the schism has caused.

Los obispos alemanes piden a los ‘lefebvrianos’ reconocer el Vaticano II

Zenit, viernes, 30 de enero de 2009


Bonn — Los obispos alemanes han invitado a los cuatro obispos “lefebvrianos”, a quienes el Papa recientemente levantó la excomunión que se les impuso en 1988, a declarar públicamente su aceptación del Concilio Vaticano II, y en particular la Declaración Nostra Aetate sobre las relaciones con el judaísmo y con las relaciones no cristianas.

Así lo afirma una declaración firmada por monseñor Heinrich Mussinghoff, obispo de Aquisgrán y Presidente de la Subcomisión para las Relaciones Religiosas con el Judaísmo de la Conferencia Episcopal Alemana.

El prelado afirma que los obispos alemanes apoyan los esfuerzos del Papa para “obtener la unidad de la Iglesia”, aunque admite que esta decisión “ha suscitado una serie de preguntas críticas”, sobre todo a causa de las tesis negacionistas del Holocausto expresadas por monseñor Richard Williamson, uno de los cuatro obispos objeto del perdón papal.

“Nos oponemos de la manera más decidida a esta negación del Holocuasto, que en Alemania ya está siendo objeto de investigación judicial”, declara monseñor Mussinghoff. De hecho, la negación del Holocausto en este país es un delito que puede suponer hasta 5 años de cárcel.

“Expresamos — afirma el comunicado — la clara y gran expectativa y la peón urgente de que, en el curso de los próximos encuentros, los cuatro obispos de la Fraternidad de San Pío X manifiesten de modo irrevocable y creíble su fidelidad al Concilio Vaticano II y en particular a la declaración Nostra Aetate, cuyas instancias fueron hechas propias por el Papa Juan Pablo II en su largo pontificado, de manera insistente y con resultados beneficiosos”.

Ayer mismo, el arzobispo de Friburgo y presidente de la Conferencia Episcopal Alemana, monseñor Robert Zollitsch, afirmó, antes de una visita prevista a una sinagoga en Mannheim, que “en la Iglesia católica no hay espacio ni para el antisemitismo ni para la negación del Holocausto”.

Por su parte, la Conferencia Episcopal Suiza, país en el que monseñor Marcel Lefebvre estableció (en la ciudad de Ecône) la casa de formación de la Fraternidad sacerdotal San Pio X, ha querido subrayar en una nota que los obispos consagrados en 1988 sin mandato pontificio, “a pesar del levantamiento de la excomunión, siguen suspendidos a divinis” y que por tanto, “según la Iglesia católica, no pueden ejercer su ministerio episcopal”.

Por competencia territorial, la fiscalía de Regensburg ha abierto una investigación contra monseñor Williamson por instigación al odio racial.

Cardenal Ricard precisa que lefebvristas deben aceptar Concilio Vaticano II

ACI,  miércoles, 4 de febrero de 2009

París — El Arzobispo de Burdeos y miembro de la Pontificia Comisión Ecclesia Dei, Cardenal Jean Pierre-Ricard, señaló que el levantamiento de la excomunión impuesta a los 4 obispos ordenados en 1988 por Marcel Lefebvre exige de parte de ellos y sus seguidores el reconocimiento del Concilio Vaticano II.

En una declaración publicada en el sitio web de la Conferencia Episcopal Francesa, el Purpurado explicó que “el Papa Benedicto XVI ha querido llegar hasta el final en lo que puede considerarse una mano tendida, como invitación a una reconciliación. El Papa, teólogo e historiador de la teología, sabe el drama que representa un cisma en la Iglesia” como el generado por el arzobispo Lefebvre al ordenar a 4 obispos sin permiso. “Entiende la pregunta que con frecuencia se hace en la historia de los cismas: ¿Se pusieron todos los medios para evitar este cisma?”, indicó.

La Secretaría de Estado publica una Nota sobre el levantamiento de la excomunión

Zenit, miércoles, 4 de febrero de 2009

Ciudad del Vaticano — Ofrecemos a continuación el texto del comunicado hecho público este miércoles [dia 4] por la Secretaría de Estado vaticana a propósito de la polémica generada por el levantamiento de la excomunión a los cuatro obispos seguidores de monseñor Marcel Lefevre, que tuvo lugar el pasado 24 de enero:

1. Remisión de la excomunión.

El levantamiento de la excomunión ha liberado a los cuatro obispos de una pena canónica gravísima, pero no ha cambiado la situación jurídica de la Fraternidad San Pío X, que por el momento no goza de reconocimiento alguno en la Iglesia católica. Tampoco los cuatro obispos, aunque liberados de la excomunión, tienen una función canónica en la Iglesia y no ejercen lícitamente un ministerio en ella.

2. Tradición, doctrina y Concilio Vaticano II.

Para un futuro reconocimiento de la Fraternidad San Pío X es condición indispensable el reconocimiento pleno del Concilio Vaticano II y del Magisterio de los Papas Juan XXIII, Pablo VI, Juan Pablo I, Juan Pablo II y del propio Benedicto XVI.

Como ya se ha afirmado en el Decreto del 21 de enero de 2009, la Santa Sede no dejará, en los modos que juzgue oportunos, de profundizar con los interesados en las cuestiones aún abiertas, de modo que se pueda llegar a una plena y satisfactoria solución de los problemas que han dado origen a esta dolorosa fractura.