sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Tribunal decide tirar homenagem feita a d. Hélder


Folha de S. Paulo, sábado, 24 de janeiro de 2009


Fortaleza — Desembargadores do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 7ª Região, em Fortaleza, decidiram retirar uma homenagem dada em 2007 a d. Hélder Câmara (1909-1999). Em reunião do pleno, na última terça, 4 dos 7 desembargadores presentes aprovaram a substituição do nome do religioso pelo de um antigo desembargador para batizar o prédio do fórum trabalhista.

A proposta para a troca partiu do desembargador Antônio Marques Cavalcante Filho, que quer homenagear o pai, Antônio Marques Cavalcante, morto no ano passado.

O presidente do tribunal, Antônio Parente, e outro desembargador votaram contra. A ex-presidente Dulcina de Holanda Palhano, responsável pela homenagem a d. Hélder na inauguração do novo prédio do fórum, em julho de 2007, se retirou da votação, em protesto. Quando o nome do religioso foi escolhido, havia sido apoiado por unanimidade.

Igreja histórica do centro de São Paulo ameaça ruir


O Estado de S. Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2009


Rodrigo Brancatelli

Antônio Joaquim Ribeiro, um sujeito baixinho de 60 anos que está sempre impecavelmente vestido, tem uma das tarefas mais ingratas da cidade de São Paulo. Todo dia de manhãzinha, de sapato de bico fino e camisa social por dentro da calça, ele agarra uma lanterna improvisada, uma vassoura, uma caixa de ferramentas e começa a limpar as dependências da Igreja da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, conhecida também por Igreja das Chagas, no centro. Seria trivial, não fosse uma tarefa tão difícil quanto lutar contra moinhos de vento.

Há um ano lacrada pela Prefeitura, prestes a ruir e com cupins por todos os lados, a Igreja da Ordem Terceira parece só sobreviver graças ao trabalho do incansável Ribeiro, responsável pela manutenção. Se de dia ele varre as laterais do altar ou a nave central da igreja, de noite os mesmos locais já estão forrados por pó de madeira, símbolo mais do que visível da ação dos cupins. E ninguém parece dar valor à sua batalha digna de D. Quixote — sem planos de revitalização, sem parceiros para bancar os R$ 16 milhões da reforma e sem um único projeto em andamento, o zelador da igreja já parece conformado em continuar limpando e consertando até que certo dia aquilo tudo vire escombro.

Projetada pelo Frei Galvão (o primeiro santo brasileiro) e construída em taipa de pilão, com 220 anos de história, seus deslumbrantes altares e estátuas abrigam três fases do estilo barroco: a clássica, a primitiva e a posterior.

Apesar dessa história, a igreja acabou degradada pelo tempo e pela falta de restauro. E tombada pelos três órgãos de patrimônio histórico — nacional, estadual e municipal —, tudo ficou mais complicado e, principalmente, mais caro para reformar. Passeando pelos seus corredores e salões é possível notar que a imponência ainda está lá, com os altares reluzindo com o ouro das talhas, mas a destruição está em todos os cantos. A cada rangido da madeira, dá um medo tremendo de tudo cair.

São Judas, o esteio em época de crise


O Estado de S. Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009


Paula Pacheco

Quarta-feira de chuva na Paulicéia. Cerca de 50 mil pessoas enfrentaram o mau tempo para visitar o Santuário São Judas Tadeu, na zona sul de São Paulo. Todo dia 28 o santo é celebrado. Este 28 de janeiro foi de mais movimento que os meses anteriores.

Conhecido como o santo dos desesperados, a fé em São Judas é uma alternativa para quem sofre com a crise que abala os empregos. As missas são celebradas de hora em hora e 10 padres se revezam nas celebrações. Há ainda quem enfrente a fila para passar por uma sala atrás do altar e deixar ali, aos pés do santo, seus pedidos e agradecimentos.

Na igreja lotada, muitos carregam flores. Alguns empunham velas de quase dois metros de comprimento. Outros entram pelo corredor central de joelhos. Há ainda quem não desgrude da carteira de trabalho enquanto pede a São Judas uma ajudinha para conseguir um emprego.

Padre Augusto César Pereira já viu muitas crises na economia. E é sempre assim. Quando a economia vai mal muita gente procura a religião como um esteio. “Muitos não sabem como reagir diante de uma situação tão grave e querem se aconselhar”, diz.

Eletto il nuovo patriarca della Russia Era un agente al servizio del Kgb

Il Giornale, mercoledi, 28 gennaio 2009


Fausto Biloslavo

Il nuovo patriarca di Mosca e di tutte le Russie è targato Kgb. Il metropolita di Smolensk e Kaliningrad, Kirill, eletto ieri sera, era stato ribattezzato dal Kgb con il nome in codice Mikhailov. Tutti e tre gli sfidanti per il posto più alto della Chiesa ortodossa erano ex agenti del defunto servizio segreto sovietico.

Il precedente patriarca, Alessio II, era spirato in dicembre. Pure lui, come scriveva ieri il Times di Londra, era un ex del Kgb. Nome in codice Drodzov (tordo) ricevette nel 1988 un “certificato d’onore” per il servizio reso all’intelligence sovietica. Nonostante il reclutamento, durante il regime comunista, è stato proprio Alessio II, nominato nel 1990 alla vigilia del crollo dell’Urss, a far rinascere la Chiesa ortodossa e la religiosità in Russia.

Konstantin Kharcev, capo del Consiglio degli affari religiosi sovietici dal 1984 al 1989, ha dichiarato che la Chiesa ortodossa era rigorosamente controllata dal comitato centrale del Partito comunista e dal Kgb. A. Shushpanov, un agente operativo, ha raccontato come il dipartimento per gli affari ecclesiastici all’estero era completamente nelle mani del servizio sovietico.

Kirill, 62 anni, ha fatto carriera in questo dipartimento, diventando “ministro degli Esteri” della Chiesa ortodossa russa. Per questo il Kgb l’ha reclutato dandogli il nome in codice Mikhailov. Paladino del dialogo con il Vaticano (che ha dichiarato di «conoscere e apprezzare» il nuovo patriarca), è un abile telepredicatore.

Il suo vero nome è Vladimir Gundiaiev. Quando ricopriva incarichi di rilievo nel dipartimento estero della Chiesa ortodossa tutti i contatti con gli stranieri venivano autorizzati dal Kgb. Le copie dei documenti con il mondo esterno finivano negli archivi dei servizi sovietici, secondo una prassi consolidata.

Non a caso la chiesa di tutte le Russie ha espanso la sua influenza grazie a Vladimir Putin, attuale primo ministro ed ex ufficiale del potente servizio segreto sovietico.

Rússia: Eleito novo patriarca


O Globo, quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O metropolita Kirill, patriarca interino da Igreja Ortodoxa Russa, abre a cerimônia de votação para eleger o novo líder da instituição, em Moscou. Kirill, tido como reformador, foi confirmado no cargo como patriarca da segunda maior Igreja cristã do mundo, vencendo por ampla maioria o rival conservador Kliment. Esta foi a primeira eleição para patriarca da Igreja desde a queda do regime soviético.

Rabinato de Israel rompe relações com o Vaticano

O Globo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009


Jerusalém — O Rabinato de Israel rompeu laços com o Vaticano por tempo indeterminado em protesto pela decisão do Papa Bento XI de suspender a excomunhão de um bispo que não reconhece o Holocausto, negando a morte de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Numa carta enviada por seu diretor-geral, Oded Weiner, o Rabinato comunica sua indignação pela reabilitação do bispo britânico Richard Williamson, excomungado há 20 anos, e suspende um encontro entre judeus e cristãos programado para o início de março.

“Será muito difícil para a chefia do Rabinato de Israel continuar com o diálogo com o Vaticano como antes”, diz Weiner na carta.

Ontem, tentando amenizar as tensões, o Papa expressou sua “integral e inquestionável solidariedade” com o povo judaico e voltou a condenar a “matança de milhões de judeus, vítimas inocentes de um cego ódio racial e religioso”.

Bento XVI, que visitou o campo de concentração de Auschwitz em 2006, também disse que o extermínio durante a Segunda Guerra deveria se manter como uma advertência para a humanidade “contra a negação e o reducionismo”. O Papa, no entanto, não citou o nome de Williamson.

Líderes judaicos saudaram as declarações de Bento XVI, mas disseram que a resposta é insuficiente, já que “não deveria haver espaço para mensagens dúbias”.

O anúncio da ruptura de Israel foi recebido com preocupação no Vaticano, segundo fontes da Santa Sé. De acordo com elas, a ruptura pode comprometer os planos do Papa de visitar a Terra Santa em maio.

German-speaking bishops insist SSPX accepts opening to Jews

Reuters Blogs, January 27th, 2009


Tom Heneghan

Catholic bishops in the German-speaking countries have been especially outspoken in demanding the ultra-conservative Society of Saint Pius X (SSPX), whose four excommunicated bishops were welcomed back into the Church on Saturday, must explicitly accept Second Vatican Council documents assuring respect for the Jews. The Vatican had been demanding full acceptance of Council documents for years, including in a compromise it offered last June but the SSPX rejected it. As far as is known, it was not part of the deal that has now led to the bans being lifted.

The German Bishops Conference noted the four bishops, whose dissent against Rome mostly concerned its rejection of the Council reforms including a modern liturgy and recognition for Judaism and other religions, must now discuss their future status in the Church with Vatican officials. “We have the clear expectation and make the urgent request that the four bishops and the Society announce unmistakably and credibly their loyalty to the Second Vatican Council and especially the declaration Nostra Aetate, said a statement by Bishop Heinrich Mussinghoff, its main official for relations with Jews.

Nostra Aetate, the Vatican II Declaration on the Relation of the Church to Non-Christian Religions, is the cornerstone of the post-Council opening to Jews, Muslims and other religions.

Munich’s Archbishop Reinhard Marx said Williamson’s comments were “unspeakable, unacceptable…”

The Swiss bishops apologised to the Jewish community there “for the irritations that have arisen in recent days.”

In Vienna, Cardinal Christoph Schönborn wrote a Holocaust Day letter to the city’s Grand Rabbi Paul Chaim Eisenberg saying it was “shameful and frightening that there are still voices publicly denying the Shoah and question the right of the Jewish people to exist.”

John Allen has posted an excellent summary of the problem of anti-Semitism in the SSPX. Vatican damage management has cranked up to the point where the spokesman and the official daily have called Williamson’s comments unacceptable.

L’Osservatore Romano ran a front-page article stating that Nostra Aetate “is an indisputable teaching for a Catholic… the recent negationist declarations contradict this teaching.”

La scomunica ai lefebvriani non c’è più. Ma la pace resta lontana Sandro Magister


www.chiesa, 29 gennaio 2009


Roma I “magnanimi gesti di pace” che Benedetto XVI ha compiuto più volte in direzione dei lefebvriani non sono stati seguiti finora, da parte di essi, da alcun passo significativo di ravvedimento e di avvicinamento.

Il primo di questi gesti è stata l’udienza accordata il 29 agosto 2005 da Benedetto XVI al successore di Lefebvre e capo della comunità, il vescovo — all’epoca scomunicato — Bernard Fellay.

Il secondo gesto è stato il discorso del papa alla curia romana del 22 dicembre 2005. Un discorso di capitale importanza, perché andava al cuore della questione su cui è nato lo scisma lefebvriano: cioè l’accettazione e l’interpretazione dei Concilio Vaticano II. Benedetto XVI mostrò che il Vaticano II non segnava alcuna rottura con la tradizione della Chiesa, anzi, era in continuità con essa anche là dove sembrava segnare una svolta netta rispetto al passato, col pieno riconoscimento della libertà religiosa come diritto inalienabile di ogni persona.

L’Osservatore Romano ha ripubblicato tre giorni fa quel discorso del papa, assieme al decreto di revoca della scomunica ai quattro vescovi lefebvriani.

Il terzo gesto è stato la liberalizzazione del rito antico della messa, col motu proprio Summorum Pontificum del 7 luglio 2007.

Tuttavia i lefebvriani interpretarono questo gesto semplicemente come un cedimento alle loro posizioni. In più vi fu la reazione di molti ebrei per la preghiera per la loro “conversione”, nonostante Benedetto XVI l’avesse poi riformulata.

Il quarto gesto è quello dei giorni scorsi: la revoca della scomunica. Papa Ratzinger l’ha compiuto unilateralmente, come “dono di pace”, nella dichiarata speranza di incoraggiare una rapida discussione e soluzione dei punti di divisione.

Va detto però che lo scorso 15 dicembre, nella sua ultima lettera scritta alle autorità della Chiesa di Roma prima del “dono”, il capo dei lefebvriani Fellay non dava alcun segno di voler accettare il Vaticano II nella sua integralità: “Noi siamo pronti a scrivere il Credo con il nostro sangue, a firmare il giuramento antimodernista, la professione di fede di Pio IV, noi accettiamo e facciamo nostri tutti i Concili fino al Vaticano II, riguardo al quale esprimiamo riserve”.

La critica che nella curia romana e tra i vescovi si rivolge a Benedetto XVI è di agire solo con gesti unilaterali, senza ottenere nulla in cambio.

Con gli ebrei è lo stesso. Si riconosce a Benedetto XVI di aver prodotto i testi più alti e più costruttivi per il dialogo tra le due fedi. Ma gli si imputa che contro le sue parole stridono troppi fatti.

Un esempio è ciò che è accaduto nei giorni scorsi. All’Angelus di domenica 25 gennaio Benedetto XVI ha pronunciato parole audaci sulla “conversione” dell’ebreo Paolo. Ha persino detto che per Paolo il termine “conversione” è improprio, “perché gli era già credente, anzi ebreo fervente, né dovette abbandonare la fede ebraica per aderire a Cristo”.

Nessun silenzio può essere rimproverato alla Santa Sede oggi, di fronte alla negazione della Shoah fatta dal vescovo lefebvriano Williamson. Una prova è in questo articolo pubblicato con grande evidenza su L’Osservatore Romano del 26-27 gennaio. Ne è autore Anna Foa, docente di storia all’Università di Roma La Sapienza, ebrea:

[N. Res. — Do artigo, publicado na íntegra no Osservatore Romano, transcrevemos apenas o primeiro parágrafo:]

Il negazionismo della Shoah non è un’interpretazione storiografica, non è una corrente interpretativa dello sterminio degli ebrei perpetrato dal nazismo, non è una forma sia pur radicale di revisionismo storico, e con esso non deve essere confuso. Il negazionismo è menzogna che si copre del velo della storia, che prende un’apparenza scientifica, oggettiva, per coprire la sua vera origine, il suo vero movente: l’antisemitismo.

Bispos linha-dura reabilitados se desculpam por negar Holocausto


Folha de S. Paulo, quarta-feira, 28 de janeiro de 2009


No Dia das Vítimas do Holocausto, ontem, o líder da sociedade católica conservadora São Pio 10º, Bernard Fellay, pediu perdão pelas afirmações de um de seus bispos, Richard Williamson, que negou o extermínio sistemático de 6 milhões de judeus na Segunda Guerra.

Fellay, Williamson e outros dois bispos foram reaceitos no último sábado pelo papa Bento 16, que reverteu sua excomunhão, há 20 anos.

A decisão aproxima o Vaticano da direita católica, mas o coloca em atrito com sua ala progressista e com a comunidade judaica.

O porta-voz do Vaticano, reverendo Frederico Lombardi, afirmou que a reversão das excomunhões é fundamental para a unidade católica e que a decisão papal não tem relação com a opinião de Williamson: “Não concordamos com suas declarações”.

Mas a medida gerou protestos entre progressistas e grupos judaicos. A Liga Antidifamação, que combate o antissemitismo, disse que ela “debilita a forte relação entre católicos e judeus”.

Benedetto XVI: «Solidarietà agli ebrei, no al negazionismo e al riduzionismo»

Corriere della Sera on line, 28 gennaio 2009

Città del Vaticano — Il Papa ha espresso la sua «piena e indiscutibile solidarietà con i nostri fratelli destinatari della prima alleanza», cioè agli ebrei, e ha detto che l’Olocausto rimane un monito contro ogni oblio e negazionismo. «In questi giorni nei quali ricordiamo la Shoah, mi tornano alla memoria le immagini raccolte nelle mie ripetute visite a Auschwitz, testimonianze delle vittime innocenti di un odio razziale. Auspico che la memoria della Shoah induca l’umanità a riflettere sulla imprevedibile potenza del male quando conquista il cuore dell’uomo. La sua memoria sia per tutti monito contro l’oblio, il negazionismo e riduzionismo perché la violenza fatta contro un solo essere umano è violenza contro tutti. La Shoah insegni specialmente sia alle vecchie sia alle nuove generazioni che solo il faticoso cammino dell’ascolto e del dialogo, dell’amore e del perdono conduce i popoli, le culture e le religioni del mondo all’auspicato traguardo della fraternità e della pace nella verità. Mai più la violenza umili la dignità dell’uomo».

Rabbinato d’Israele — Il rabbinato di Israele ha accolto le parole di papa Benedetto XVI come «un grande passo in avanti per la soluzione della questione» sollevata dalla recente revoca della scomunica nei confronti del vescovo lefevbriano negazionista Richard Williamson. Lo ha detto il direttore generale del Rabbinato Oded Wiener secondo il quale si tratta di «una dichiarazione molto importante per noi e per il mondo intero». Dopo aver elogiato il discorso odierno di papa Benedetto, Wiener ha anche notato che sono necessari «ulteriori passi». Ad sesempio sarebbero gradite le scuse pubbliche del prelato, avvertendo che in caso contrario le relazioni tra ebrei e cattolici ne resteranno colpite. E ha chiesto di rinviare l’incontro col Vaticano, già fissato per l’inizio di marzo, fino a che la questione non sarà chiarita.

«Dichiarazione necessaria e benvenuta» — Anche il rabbino capo di Roma Riccardo Di Segni ha apprezzato la dichiarazione del Papa sulla Shoa ritenendola «necessaria e benvenuta», ha affermato , «e contribuisce a chiarire molti equivoci sia sul negazionismo sia sul rispetto del Concilio Vaticano II. La dichiarazione del Papa smentisce tutti coloro che hanno giudicato la nostra protesta come un’ingerenza irrispettosa ed esagerata».

Lefebvriani riconoscano Concilio Vaticano II — Benedetto XVI ha poi chiesto ai vescovi lefebvriani l’impegno a «realizzare i passi necessari» per realizzare la piena comunione con la Chiesa riconoscendo il Concilio vaticano II. Il Papa ha detto di aver concesso «la remissione della scomunica in adempimento all’unità. Ho compiuto questo atto di paterna misericordia», ha spiegato Joseph Ratzinger, «perché ripetutamente questi presuli mi hanno manifestato la loro viva sofferenza per la situazione in cui si erano venuti a trovare. Auspico che a questo mio gesto faccia seguito il sollecito impegno da parte loro di compiere gli ulteriori passi necessari per realizzare la piena comunione con la Chiesa, testimoniando così vera fedeltà e vero riconoscimento del magistero e dell’autorità del Papa e del Concilio Vaticano II».

Papa Bento XVI lança canal no site YouTube

O Estado de S. Paulo, sábado, 24 de janeiro de 2009

AP e AFP

O papa Bento XVI uniu-se ontem ao presidente americano, Barack Obama, e à rainha da Inglaterra, Elizabeth II, ao lançar seu próprio canal no YouTube (www.youtube.com/vaticanit), em seu mais recente esforço para alcançar a geração digital.

Em sua aparição inicial, Bento XVI deu boas-vindas aos internautas e disse que espera que eles “se sintam envolvidos nesse grande diálogo da verdade”.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Irmã Dulce é reconhecida como venerável pelo Vaticano


O Estado de S. Paulo, quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Tiago Décimo

Salvador — A Congregação para a Causa dos Santos, do Vaticano, anunciou ter reconhecido como venerável a religiosa baiana Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, mais conhecida como Irmã Dulce, morta em 1992, aos 77 anos. O título, pelo qual a Igreja reconhece que o candidato teve uma vida de “virtude heroica”, é o segundo passo no processo de beatificação da freira, que corre desde janeiro de 2000. Naquele ano, ela foi declarada serva de Deus pelo papa João Paulo II.

No documento encaminhado para assinatura do papa Bento XVI, que vai tornar oficial a decisão, Irmã Dulce, que era chamada de “mãe dos pobres”, é apontada como “a Madre Teresa do Brasil”, pelas semelhanças de sua história com a da beata de Calcutá. “Foi um conforto para os pobres e um exame de consciência para os ricos”, diz o texto.

Segundo o padre italiano Paolo Lombardo, postulador do processo de beatificação da religiosa, que coincidentemente está em Salvador, agora a Igreja avalia milagres por intercessão de Irmã Dulce. “Esperamos que no ano que vem, mais tardar em 2011, ela seja beatificada.” Depois disso, abre-se novo processo para que Irmã Dulce seja considerada santa.

Campanha da CNBB ataca prática do ‘rouba, mas faz’

Folha de S. Paulo, segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Flávio Ferreira

A indiferença em relação à corrupção na política, expressada em enunciados como “rouba, mas faz” ou “tudo acaba em pizza”, será alvo da Campanha da Fraternidade de 2009, segundo a CNBB.

A campanha deste ano terá como tema segurança pública, mas também abordará assuntos de ética na política.

As discussões nas reuniões e celebrações da campanha, que ocorrem em igrejas, escolas e casas, poderão impulsionar um movimento de coleta de assinaturas para criar uma lei que visa barrar candidaturas de políticos com ocorrências na Justiça.

O secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa (bispo auxiliar do Rio de Janeiro), afirma que “frases como ‘rouba, mas faz’ são sintomas de uma mentalidade difusa no meio do povo e expressam um indiferentismo perigoso”.

Para Barbosa, “tem muita gente que diz que é preciso levar vantagem sempre, mesmo que para isso seja preciso enganar. Isso pode servir de substrato cultural para justificar situações de impunidade”.

O secretário-geral da CNBB diz que a Campanha da Fraternidade deste ano pode repetir o feito da edição de 1996, que serviu de ponto de partida para a obtenção de 1 milhão de assinaturas para a criação da lei nº 9.840, que tornou mais efetivas as punições em casos de compra de votos.

Igreja propõe debate sobre causas do crime

A Campanha da Fraternidade de 2009 vai chamar a atenção para a necessidade de cobrar dos governantes políticas públicas de prevenção no campo da segurança.

Para a CNBB, os debates sobre as medidas para promover a segurança devem situar-se na análise e discussão dos fatores objetivos que favorecem a violência e a criminalidade e evitar polarizações ideológicas, como aquelas representadas nas ideias de que “o problema do crime é a falta de repressão”, ou de que “o criminoso é uma vítima da sociedade”.

Segundo o frei Carlos Josaphat, assessor da CNBB, a campanha vai incentivar medidas que desestimulem a entrada no mundo do crime, como a promoção da formação educacional. “É preciso mobilizar a opinião pública para exigir uma maior incrementação da qualidade e investimentos na educação”, disse.

Morre cardeal contrário à Guerra do Iraque


O Estado de S. Paulo, segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O cardeal Pio Laghi, diplomata do Vaticano, morreu ontem em Roma de insuficiência cardíaca aos 86 anos. Ele ficou conhecido por ter sido enviado pelo Vaticano a Washington, em 2003, para tentar convencer o presidente Bush a não invadir o Iraque. Laghi viveu na Argentina entre 1974 e 1980 e foi acusado de apoiar a ditadura no país.

Papa destaca caráter essencial da família

O Estado de S. Paulo, segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

AFP

O papa Bento XVI afirmou que a família “formada no matrimônio indissolúvel entre um homem e uma mulher” é o “fundamento indispensável para a sociedade” e “um bem insubstituível para os filhos”. A mensagem foi transmitida ao vivo por videoconferência para os fiéis reunidos no encerramento do 6º Encontro Mundial das Famílias, no México. O próximo encontro ocorrerá em 2012, em Milão (Itália).

La Virgen María generó polémica tras un desfile de modelos chilenas

El Tiempo, Bogotá, Lunes 19 de enero de 2009

EFE

Las modelos desfilaron en una discoteca santiaguina con diseños de Ricardo Oyarzún, después que la Justicia decidió rechazar la solicitud de abogados católicos para impedir el espectáculo.

El diseñador subió a la pasarela a conocidas figuras de la farándula, chilenas y argentinas, a las que vistió con faldas largas y corsé, escotes provocadores, y velos coronados por aureolas decoradas con todo tipo de elementos, como estrellas, espinas y hasta tenedores.

Bajo el título de Vírgenes Fashion Show, Oyarzún celebró sus 15 años en las pasarelas y clausuró el acto con un llamamiento a la defensa de la libertad de expresión.

El desfile incluyó una coreografía de bailarines vestidos de sacerdotes y varios montajes audiovisuales inspirados en La Piedad de Miguel Ángel, situada en la Basílica de San Pedro del Vaticano.

Además, un modelo que permaneció largo rato en la pose de Jesucristo crucificado sobre el escenario, a cuyas piernas se abrazó “María Magdalena”, personificada por Anita Alvarado, más conocida como “La geisha chilena”.

“Quién mejor que yo para representar a María Magdalena, que fue prostituta y Dios la perdonó”, dijo después Alvarado, que ejerció ese oficio en Japón, donde se hizo famosa al quedarse con una fortuna desfalcada por su amante.

La Corte chilena descartó ayer una orden de no innovar solicitada por un grupo de abogados católicos que el miércoles había presentado un recurso de protección contra el espectáculo.

La orden de no innovar, de ser aceptada, supone la suspensión de la acción cuestionada hasta que el tribunal se pronuncie sobre el fondo del recurso.

Los abogados recurrentes, agrupados en la ONG “Chile muévete”, consideraron el desfile una blasfemia y un atentado al derecho a la libertad religiosa.

Deus e os ônibus na Europa

O Estado de S. Paulo, sábado, 17 de janeiro de 2009

Gilles Lapouge

A cidade de Barcelona, na Espanha, nos envia notícias de Deus. E não são notícias boas: um enorme cartaz vem sendo exposto, há alguns dias, na lateral dos ônibus, com a seguinte informação: “Provavelmente Deus não existe.” Em seguida, um conselho: “Pare de se preocupar e aproveite a vida.”

A primeira ideia é que essa campanha em favor do ateísmo surgiu apenas em Barcelona, a grande cidade catalã que é um dos centros do anarquismo espanhol e a capital dos livres pensadores. Mas soubemos que os ônibus de Madri, Sevilha, Bilbao, cidades ardorosamente católicas, também estão prontos a nos comunicar suas provas da “não-existência de Deus”.

Aliás, não é só a Espanha que começa a fazer essa enorme publicidade em torno da ausência de Deus. Ela foi lançada alguns dias antes em Londres, onde um coletivo de ateus entendeu que o bicentenário, neste ano, do nascimento de Charles Darwin era uma boa ocasião para lembrar que as provas da existência de Deus são frágeis.

A França, que adora esse tipo de debate, por enquanto está muda. No entanto, o país tem uma longa tradição de ateísmo. Ainda na década de 50, os militantes ateus franceses, empoeirados e barbudos, escolhiam a Semana Santa para ir ao açougue e encomendar, com voz ensurdecedora, duas bistecas bem sangrentas.

Mas esses ônibus me deixaram em dúvida. Num certo sentido, estou contente. Há décadas leio compêndios de Filosofia e Teologia. Comparo as demonstrações de Santo Ambrósio com as de Nietzsche, na esperança de decidir se Deus existe ou não. Tudo isso em vão, porque sou muito influenciável e o “último que fala me parece sempre estar com a razão”.

No caso dos ônibus de Barcelona, a vantagem é que a demonstração é tão rápida, tão fulminante, que nem temos tempo de contestá-la. Enfim temos uma certeza: Deus não existe.

O que é de lamentar é que os ateus de Barcelona não vão até o fim na sua afirmação. São ateus escrupulosos. O “provavelmente” da frase é uma calamidade. Ele reintroduz a dúvida num assunto sobre o qual precisamos de certezas. Quando eu me dispunha a mergulhar no ateísmo, começo a hesitar. Estou indeciso em “duvidar” da existência de Deus. Esses ônibus espanhóis, longe de simplificar as coisas, as tornaram mais obscuras.

Il Papa cancella la scomunica ai vescovi nominati da Lefebvre di Andrea Tornielli

Il Giornale, giovedì 22 gennaio 2009

Roma — Benedetto XVI ha deciso di revocare la scomunica ai quattro vescovi consacrati da Lefebvre nel 1988. Il decreto, che il pontefice ha già firmato, sarà pubblicato entro la fine della settimana. Il superiore della Fraternità San Pio X, Bernard Fellay, e gli altri tre vescovi, Alfonso de Gallareta, Tissier de Mallerais e Richard Williamson non saranno dunque più scomunicati.

La decisione di Papa Ratzinger è maturata negli ultimi mesi, in seguito alla lettera con la quale monsignore Fellay aveva chiesto la revoca del provvedimento comminato da Giovanni Paolo II nel 1988, dopo che l’arcivescovo Marcel Lefebvre, rifiutando in extremis un accordo già siglato con l’allora cardinale Joseph Ratzinger, consacrò vescovi quattro giovani sacerdoti del clero della Fraternità.

Scomunicati, ventun anni fa, furono lo stesso Lefebvre, l’anziano vescovo brasiliano Antonio de Castro Mayer, che partecipò alla consacrazione avvenuta in Svizzera (entrambi da tempo scomparsi), e i quattro neovescovi.

Il cammino di riavvicinamento, iniziato con Papa Wojtyla dopo che i lefebvriani guidarono un pellegrinaggio a Roma per il Giubileo del 2000, è continuato con alti e bassi. Ma ha subito un’accelerazione dopo l’elezione di Ratzinger. La Fraternità ha chiesto al pontefice di liberalizzare la messa antica per tutta la Chiesa. E questo Benedetto XVI ha fatto, con il motu proprio Summorum Pontificum, pensando non tanto e non solo ai lefebvriani, ma soprattutto a quei tradizionalisti rimasti nella piena comunione con Roma ma spesso penalizzati o guardati con sospetto perché rimasti legati alla liturgia preconciliare.

Poi è stata chiesta la revoca della scomunica — che, va precisato, ha riguardato soltanto i vescovi, non i cinquecento preti della Fraternità né tantomeno i fedeli che ne seguono le celebrazioni — e richiedendola, Fellay ha voluto manifestare l’attaccamento al Papa e la volontà della piena comunione.

Il decreto che sarà reso noto nelle prossime ore non significa di per sé la soluzione del problema lefebvriano, ma rappresenta un passo importante. Il prossimo passò sarà un accordo che dia alla Fraternità San Pio X uno status giuridico nella Chiesa cattolica.

La decisione di revocare la scomunica è un atto di grande magnanimità di Benedetto XVI, che va nella linea di sanare fratture e divisioni nel corpo ecclesiale e di riaccogliere nella piena comunione oltre ai vescovi, anche i sacerdoti e i fedeli.

Nel giugno scorso il cardinale Darío Castrillón Hoyos, presidente della Pontificia commissione Ecclesia Dei, aveva posto a monsignor Fellay condizioni per proseguire il dialogo con la Fraternità, chiedendo ai lefebvriani «l’impegno a una risposta proporzionata alla generosità del Papa», a «evitare ogni intervento pubblico che non rispetti la persona del Santo Padre e che possa essere negativo per la carità ecclesiale», a «evitare la pretesa di un magistero superiore» a quello del Papa, e di «non proporre la Fraternità in contrapposizione alla Chiesa». Infine, l’impegno «a dimostrare la volontà di agire onestamente nella piena carità ecclesiale e nel rispetto dell’autorità del Vicario di Cristo».

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Cresce procura nos EUA por padres estrangeiros

O Estado de S. Paulo, sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

The New York Times

Owensboro — Dezesseis dos padres que trabalham com o reverendo Darrel Venter andam com muito trabalho, cada um deles atendendo três paróquias simultaneamente. Um deles admitiu que, às vezes, no altar, esquece completamente qual igreja ele visitou antes. Por isso, Venters passa a maior parte dos dias recrutando padres do exterior.

Nos últimos seis anos, ele trouxe 12 padres da África, Ásia e América Latina que vêm atendendo a dioceses que abrangem um terço da área oeste de Kentucky. Eles refletem bem a tentativa da Igreja de importar padres do exterior para compensar a falta de clérigos americanos — e de que maneira essa tendência está reformulando a experiência católica nos Estados Unidos. Hoje, 1 em cada 6 padres diocesanos pregando no país veio do exterior, segundo estudo publicado em 2006. A cada ano, em torno de 30 padres chegam para trabalhar no país. Nos seminários americanos, a cada 3 seminaristas, 1 é de nacionalidade estrangeira.

Mas esse não é o único benefício. Os católicos do Kentucky, que não sabiam distinguir Nigéria de Uganda, abriram os olhos para as condições de vida nos países de onde veem os padres que os atendem — chegaram até a arrecadar US$ 6 mil para a instalação de poços no povoado natal de um padre nigeriano.

Em Oak Grove, também em Kentucky, o reverendo Chrispin Oneko, tirando suas vestimentas depois de rezar uma das suas primeiras missas dominicais na nova paróquia, estava muito satisfeito até encontrar alguns bilhetes deixados por seus paroquianos. Todas anônimas, as mensagens traziam o mesmo recado: “Padre, por favor, faça sermões mais curtos.”

Em sua terra natal no Quênia, Oneko pregava para os fiéis da zona rural que andavam horas para chegar à igreja e se desapontavam quando o sermão era muito curto. “Aqui a missa inteira dura uma hora”, diz ele, com um largo sorriso no rosto. “Foi uma lição para mim aprender a resumir tudo e fazer um sermão de 10 minutos, talvez 15. Aqui as pessoas estão sempre se movimentando muito rápido.”

Mons. Sebastián desautoriza intento de ‘refundación’ de Lumen Dei

ACI, jueves, 8 de enero de 2009

Madrid — La Secretaría General de Lumen Dei publicó una nueva carta de su Comisario Pontificio, Mons. Fernando Sebastián, en la que expresa su preocupación por ciertos intentos de refundar la institución, aclara que las nuevas autoridades [nomeadas pela Santa Sé] no traicionarán el espíritu de sus fundadores originales y explica que “nadie tiene derecho ni autoridad para aconsejar actuaciones contrarias a la voluntad del Papa”.

Ante el pedido de la Santa Sede para que cada miembro de Lumen Dei manifieste su decisión de seguir perteneciendo a la institución antes del 24 de enero, Mons. Sebastián indicó que “la decisión que tenéis que tomar ahora es tan importante como fue la decisión inicial de consagrar vuestra vida a Dios según el espíritu y las Constituciones de Lumen Dei”.

“Se trata de una decisión que cada uno tiene que tomar muy personalmente, a solas con Dios, en la intimidad de la oración, sin dejarse influenciar por voces interesadas. Nadie debería tampoco tratar de influir en las decisiones de los demás, nadie tiene derecho ni autoridad para aconsejar actuaciones contrarias a la voluntad del Papa que pueden comprometer la rectitud de vuestras decisiones y la supervivencia de Lumen Dei y de vuestra consagración personal”, precisó.

En este sentido, manifestó su preocupación por recibir “noticias de que algunos miembros de Lumen Dei, arrogándose una autoridad y una representatividad que no tienen, os aconsejan salir de Lumen Dei para luego constituir con ellos una nueva asociación”.

“Hay pruebas claras de que en previsión de este proyecto se han apropiado de bienes de Lumen Dei y están ahora adueñándose de bienes y enseres que pertenecen a Lumen Dei. Si estos propósitos llegaran a consumarse sería un verdadero latrocinio del que tendrán que dar cuenta ante la justicia”, advirtió.

“Quienes, claramente o desde la sombra, promueven esta iniciativa y aconsejan este comportamiento no actúan con verdadero espíritu eclesial. No es ésta la voluntad del Papa tal como se manifiesta en la carta del Cardenal Bertone. Lo que el Papa quiere es que todos los miembros de Lumen Dei que quieran ser fieles a su vocación en estos momentos continúen en Lumen Dei”, indicó.

Asimismo, precisó que “de ninguna manera se considera la posibilidad de una salida organizada, y menos todavía la posibilidad de fundar otra asociación con el fin de vivir el espíritu fundacional de Lumen Dei y por iniciativa de quienes han estado durante varios meses negándose a aceptar las decisiones y mandatos de la Santa Sede”.

“Según mis informaciones, algunas personas, para justificar este proyecto, andan diciendo que el Comisario Pontificio pretende cambiar el espíritu de Lumen Dei abriendo la puerta a la relajación. Os puedo decir con toda verdad que no es ése mi propósito, sino más bien lo contrario, recuperar en su integridad el espíritu de intensa piedad, de mortificación y pobreza, de rigurosa obediencia y ardiente caridad que el P. Molina dejó descrito en vuestras Constituciones”, precisa.

 “Es evidente que las personas que han organizado y dirigido la resistencia contra la voluntad de la Santa Sede durante estos meses pasados, y que fueron nominalmente depuestas de sus cargos, no están en condiciones de dirigir ninguna nueva asociación en la que se viva el verdadero espíritu del P. Molina”, precisa.

Natal secreto


O Globo, quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Miriam Leitão / Panorama Político

Os americanos não desejam mais Feliz Natal. Não pela crise e pelas profecias terminais dos economistas.

Vem de algum tempo essa moda. Eles trocaram o específico Merry Christmas pelo genérico Happy Holidays. A idéia, disse um novaiorquino, é que “Feliz Natal” seria uma agressão a quem não é cristão. Nas lojas, nas propagandas e entre as pessoas, o Feliz Natal está em baixa.

Gosto do que o politicamente correto tem de melhor: o respeito ao outro e a submissão das maiorias aos direitos, sentimentos e perspectivas das minorias. Mas daí a pôr o Natal na clandestinidade já é puro exagero nascido em Nova York. A cidade acredita não ser mais de maioria cristã. Hoje, os cristãos seriam, me explicou o nova-iorquino, “majoritariamente minoritários”. Nova York tem grandes comunidades judaicas, muçulmanas, budistas, religiões tão diversas quanto é diversa a sua população, formada por ondas de migrantes, que vão, em segunda e terceira geração, virando americanos.

Nas propagandas da televisão e dos jornais, ao fim de cada compra, na despedida de um encontro, o correto agora é desejar que a pessoa tenha “Feriados felizes”.

Confesso que sou do tempo em que sem um caloroso Feliz Natal o Natal não era o mesmo. Feriados podem ocorrer em qualquer época do ano; este é especial.

No domingo, dia 21, véspera da festa judaica das luzes, o New York Times trazia explícitos anúncios de Happy Chanukah das lojas Sacks, Bloomingdale’s, Macy’s e Brooks Brothers. Várias.

Por que os cristãos deveriam esconder o Natal, tempo de amar o próximo, de ver o outro e suas aflições, de distribuir carinhos entre as pessoas, como se isso fosse ofensivo?

O presépio


Folha de S. Paulo, terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Rubem Alves

Menino, lá em Minas, eu tinha inveja dos católicos. Eu era protestante sem saber o que fosse isso. Sabia que, pelo Natal, a gente armava árvores com flocos de algodão imitando neve que não sabíamos o que fosse. Já os católicos faziam presépios.

Os pinheiros eram bonitos, mas não me comoviam como o presépio: uma estrela no céu, uma cabaninha na terra coberta de sapé, Maria, José, os pastores, ovelhas, vacas, burros, misturados com reis e anjos numa mansa tranqüilidade, os campos iluminados com a glória de Deus, milhares de vaga-lumes acendendo e apagando suas luzes, tudo por causa de uma criancinha. A contemplação de uma criancinha amansa o universo. O Natal anuncia que o universo é o berço de uma criança.

Até os católicos mais humildes faziam um presépio. As despidas salas de visita se transformavam em lugares sagrados. As casas ficavam abertas para quem quisesse se juntar aos reis, pastores e bichos. E nós, meninos, pés descalços, peregrinávamos de casa em casa, para ver a mesma cena repetida e beijar a fita.

Nós fazíamos os nossos próprios presépios. Os preparativos começavam bem antes do Natal. Enchíamos latas vazias de goiabada com areia, e nelas semeávamos alpiste ou arroz. Logo os brotos verdes começavam a aparecer. O cenário do nascimento do Menino Jesus tinha de ser verdejante.

Sobre os brotos verdes espalhávamos bichinhos de celulóide. Naquele tempo ainda não havia plástico. Tigres, leões, bois, vacas, macacos, elefantes, girafas. Sem saber, estávamos representando o sonho do profeta que anunciava o dia em que os leões haveriam de comer capim junto com os bois e as crianças haveriam de brincar com as serpentes venenosas. A estrebaria, nós mesmos a fazíamos com bambus. E as figuras que faltavam, nós as completávamos artesanalmente com bonequinhos de argila.

Tinha também de haver um laguinho onde nadavam patos e cisnes, que se fazia com um pedaço de espelho quebrado. Não importava que os patos fossem maiores que os elefantes. No mundo mágico tudo é possível. Era uma cena naïf. Um presépio verdadeiro tem de ser infantil.

E as figuras mais desproporcionais nessa cena tranqüila éramos nós mesmos. Porque, se construímos o presépio, era porque nós mesmos gostaríamos de estar dentro da cena. (Não é possível estar dentro da árvore!).

Éramos adoradores do Menino, juntamente com os bichos, as estrelas, os reis e os pastores.

Será que essa estória aconteceu de verdade? Foi daquele jeito descrito pelas escrituras sagradas? As crianças sabem que isso é irrelevante. Elas ouvem a estória e a estória acontece de novo. Não querem explicações. Não querem interpretações. A beleza da estória lhes basta. O belo é verdadeiro. Os teólogos que fiquem longe do presépio. Suas interpretações complicam o mundo.

O presépio nos faz querer “voltar para lá, para esse lugar onde as coisas são sempre assim, banhadas por uma luz antiquíssima e ao mesmo tempo acabada de nascer. Nós também somos de lá. Estamos encantados. Adivinhamos que somos de um outro mundo.” (Octávio Paz )

Seria tão bom se os pais contassem essa estória para os seus filhos!

Benedicto XVI recoge la lección de Galileo

Zenit, martes, 6 enero 2009


Ciudad del Vaticano — En la homilía de la misa de la Epifanía en la que los creyentes recuerdan a los Magos de Oriente, expertos en astronomía, que llegaron a Belén guiados por una estrella, el Papa recordó que en 2009 se celebra el cuarto centenario de las primeras observaciones de Galileo gracias al telescopio. Este aniversario ha llevado a la Unesco a proclamar el Año Mundial de la Astronomía.

“El pensamiento cristiano compara el cosmos a un ‘libro’ —así decía el mismo Galileo—, considerándolo como la obra de un Autor”, añadió en su homilía.

Así lo entendía el mismo Dante, recordó, cuando en el verso sublime que concluye el Paraíso y toda la Divina Comedia, define a Dios “el amor que mueve el sol y las demás estrellas”.

“Esto significa que las estrellas, los planetas, el universo entero no están gobernados por una fuerza ciega, no obedecen sólo a las dinámicas de la materia”, afirmó.

“Por tanto, no hay que divinizar los elementos cósmicos, sino por el contrario, en todo y por encima de todo está una voluntad personal, el Espíritu de Dios, que en Cristo se reveló como Amor”, aclaró.

Por este motivo, aclaró, los hombres no son esclavos de los “elementos del cosmos”, “sino que son libres, es decir, son capaces de relacionarse con la libertad creadora de Dios”.

“Él está en el origen de todo y lo gobierna todo, pero no como un frío y anónimo motor, sino como Padre, Esposo, Amigo, Hermano, como Logos, ‘Palabra-Razón’, que se ha unido a nuestra carne mortal una vez para siempre y ha compartido plenamente nuestra condición, manifestando la sobreabundante potencia de su gracia”, concluyó.

Papa diz que mundo está à beira da ruína


Folha de S. Paulo, sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Em sua tradicional mensagem e bênção de Natal, o papa Bento 16 disse que o mundo cairá em ruína caso o egoísmo continue prevalecendo sobre a solidariedade em tempos de crise econômica global.

No Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo), o papa normalmente aborda os principais conflitos mundiais do ano, mas, desta vez, Bento 16 dedicou boa parte de sua fala ao que chamou de “considerável crise econômica” e às preocupações com demissões e falências.

Falando da sacada central da basílica de São Pedro, no Vaticano, ele disse que sua mensagem de Natal se aplica “a todos os lugares em que um futuro crescentemente incerto é visto com apreensão, mesmo nas nações mais ricas”.

“Em cada um desses lugares, que a luz do Natal brilhe forte e encoraje todas as pessoas a fazerem sua parte num espírito de autêntica solidariedade”, afirmou o pontífice. “Se as pessoas olharem apenas para seus próprios interesses, o mundo certamente irá se arruinar.”