sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

São Judas, o esteio em época de crise


O Estado de S. Paulo, quinta-feira, 29 de janeiro de 2009


Paula Pacheco

Quarta-feira de chuva na Paulicéia. Cerca de 50 mil pessoas enfrentaram o mau tempo para visitar o Santuário São Judas Tadeu, na zona sul de São Paulo. Todo dia 28 o santo é celebrado. Este 28 de janeiro foi de mais movimento que os meses anteriores.

Conhecido como o santo dos desesperados, a fé em São Judas é uma alternativa para quem sofre com a crise que abala os empregos. As missas são celebradas de hora em hora e 10 padres se revezam nas celebrações. Há ainda quem enfrente a fila para passar por uma sala atrás do altar e deixar ali, aos pés do santo, seus pedidos e agradecimentos.

Na igreja lotada, muitos carregam flores. Alguns empunham velas de quase dois metros de comprimento. Outros entram pelo corredor central de joelhos. Há ainda quem não desgrude da carteira de trabalho enquanto pede a São Judas uma ajudinha para conseguir um emprego.

Padre Augusto César Pereira já viu muitas crises na economia. E é sempre assim. Quando a economia vai mal muita gente procura a religião como um esteio. “Muitos não sabem como reagir diante de uma situação tão grave e querem se aconselhar”, diz.

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