O Globo, domingo, 22 de março de 2009
Catarina Alencastro
Assessor da Comissão Vida e Família da CNBB, padre Luiz Antônio Bento diz que o governo tem feito uma política pró-aborto. Critica o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e o presidente Lula, por ter distribuído [preservativos] no carnaval.
O Globo — A Igreja condena todo aborto?
Padre Luiz Antônio Bento — Sim. A Igreja Católica é contrária a qualquer forma de agressão à vida. A missão da medicina é salvar vidas, não matar. É diferente de fazer um aborto terapêutico, como alguns chamam o aborto em casos de anencefalia. É um aborto eugênico, é um aborto para eliminar crianças que têm malformação. Hoje são os anencéfalos, amanhã poderão ser os que têm Síndrome de Down.
— O que achou da condenação da Igreja ao aborto feito pela menina estuprada?
— A Igreja vai ajudar essa família. Mas a imprensa fica falando só do bispo. Estão usando a menina para criar uma mentalidade abortista. O padre Edson, de Alagoinha, e a comunidade estarão próximos desta mãe. O Temporão vai estar muito longe. Vivo nas periferias. Sei o que passam nos postos de saúde.
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