quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Paz e cuidado da natureza

A recente Conferência sobre o Clima, em Copenhague, bem que poderia ter trazido mais espe-rança para o futuro da vida no planeta azul, nossa casa comum; ficou aquém do esperado e deixou evidentes as dificuldades para a tomada das decisões necessárias. Até quando? Vamos esperar que o chão comece a queimar debaixo de nossos pés? Enquanto os responsáveis das nações raciocinarem com base em vantagens políticas, econômicas e estratégicas, o terreno continuará movediço, não oferecendo base comum para as decisões adequadas e urgentes. E a situação vai piorando.
Bento XVI, como fizera seu predecessor, destaca a dimensão eminentemente ética da crise ecológica.
A crise ecológica não vem sozinha, mas acompanha uma crise antropológica, cultural e moral. Como entender o ser humano, enquanto parte deste mundo. Continuaremos a ver a natureza como um depósito de riquezas e recursos prontos para serem apropriados pelo homem de maneira gulosa, deixando atrás de si destruição e lixo e fumaça.
Muito da crise ecológica existe porque o homem tende a se considerar senhor absoluto do mun-do, não reconhecendo o desígnio de Deus; o mundo, que não é obra do acaso, nem de um destino cego.
Mudança cultural e recuperação moral na relação do homem com a natureza também re-querem modos de vida mais sóbrios e a revisão de estilos de vida baseados no consumismo pre-dador contra a natureza e no acúmulo voraz de bens.

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